Nas lojas da 25 de Março, os objetos de desejo mais procurados pelas crianças estão na faixa de R$ 30
O Dia da Criança promete muitas novidades neste ano. E o melhor, com preços menores. Com 900 lançamentos, a garotada deve fazer a festa. Por enquanto, quem comemora são os comerciantes da 25 de Março, no Centro da capital.
Os personagens do desenho Toy Story, como Woody e o Buzz Lightyear, estão entre os mais procurados e têm preços mais acessíveis, na faixa de R$ 30.
Um dos mais pedidos no ano passado, a linha Ben 10, o menino-herói, continua em alta e conquistou mais meninos que sonham com as aventuras alienígenas dos desenhos. Se acha de tudo do personagem: de reloginho digital a carros. É garantia de venda. E os preços variam de R$ 9,90 a R$ 137,90.
"Estoque é o que não falta porque se não vender agora, vende no Natal", falou Ondamar Ferreira, gerente da Armarinhos Fernando, tradicional loja da 25 de Março.
Aos olhos das meninas, tudo o que é cor rosa reluz como ouro. Assim, a prateleira com produtos da Xuxa faz sucesso. Os brinquedos atendem gostos de mocinhas exigentes e trazem uma infinidade de detalhes, como o "Meu querido Diário", com corações e adesivos.
Já na Comercial Gomes, também na Rua 25 de Março, as meninas se encantam pelos brinquedos para brincar de casinha. A marca Xalingo lançou a pia, a banheira, a lava-louça, o fogão, o microondas, a máquina de lavar, entre vários outros produtos. Claro, nas cores rosa e branco. A média de preço é de R$ 40.
Vendas maiores / As vendas do Dia da Criança representam 40% do faturamento dos fabricantes de brinquedos, enquanto as do Natal, 30%. E não é para menos, os pequenos sabem o que pedir. "Não deixo a data passar em branco. Eles pedem e negociamos o que podem levar", disse a comerciante Paula Westin, de 27 anos, que foi com os filhos Matheus, de 8 anos, e Cayque, de 5 anos, para comprar brinquedos em lojas da rua comercial mais agitada e famosa de São Paulo.
Os comerciantes estão otimistas. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), as vendas neste ano cresceram 7%, principalmente por conta dos preços que ficaram cerca de 4% menores neste ano. A mágica é simples: os fabricantes aumentaram a produção.
O resultado se vê nas prateleiras. Os pais têm muita opção e os estoques das lojas estão lotados. O que sai mais, em geral, são os produtos licenciados, aqueles que pegam emprestados os personagens de filmes e desenhos animados.
Fiscalização para proibir venda de brinquedos sem segurança
A Fundação Procon-SP fiscalizou 120 estabelecimentos localizados em shoppings e ruas de comércio da capital durante a "Operação Dia das Crianças", no período de 28 de setembro a 1º de outubro. A intenção era coibir ações irregulares e desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor. Os fiscais constataram 54 irregularidades e autuaram 23 estabelecimentos. A diferença ocorre porque algumas lojas apresentaram mais de uma situação irregular.
Os principais problemas encontrados foram: ausência do selo de certificação do Inmetro; ausência de informação sobre o fabricante, importador ou distribuidor do brinquedo; ausência de informação em língua portuguesa; e falha na informação sobre validade. Os fornecedores podem ser multados.
Veículo: Diário de S.Paulo