IMA interdita aviários em Minas

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Detectado foco da Laringotraqueite infecciosa, que provoca queda na produtividade de ovos.

 

O número de animais contaminados e eliminados na região do Sul de Minas ainda não foi contabilizado pelos técnicos do IMA


 
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) interditou 30 aviários em quatro municípios da região Sul do Estado. A medida foi adotada após exames realizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmarem a contaminação das aves por um vírus que causa a Laringotraqueite infecciosa, doença que provoca queda significativa na produtividade de ovos e morte das aves. O número de animais contaminados e eliminados ainda não foi contabilizado pelo IMA.

 

De acordo com a fiscal agropecuária e veterinária da gerencia de Defesa Animal do IMA, Cristina Pena Abreu, foram confirmados casos da doença nos municípios de Passa Quatro, Itanhandu, Pouso Alto e Itamonte. A região Sul de Minas é o principal polo produtor de ovos do Estado, sendo o plantel de 7 milhões de galinhas. Os primeiros sintomas foram registrados no início de novembro, a notificação do problema feita pelos produtores ao IMA foi realizado no dia 10 de novembro.

 

"Após comunicada a suspeita de contaminação, o IMA rapidamente tomou as providências para realização dos exames. Com a confirmação, fizemos a interdição das áreas afetadas. Estamos tomando todas as medidas para evitar a contaminação de novas granjas, uma vez que a doença é transmitida pelo ar ou pelo contato com os dejetos derivados pela produção. Por ser de fácil transmissão as equipes do IMA estão de plantão nas granjas interditadas e aumentamos o efetivo dos fiscais para controlar com maior rigor o transporte de cargas vivas nas regiões", disse Cristina Abreu.

 

De acordo com o IMA, este foi o primeiro caso da doença registrado no Estado, sendo que em anos anteriores a enfermidade foi registrada em São Paulo, que hoje é o maior produtores de frangos e ovos do país. Também existem relatos de estudos desenvolvidos em outros estados produtores que tem o objetivo de identificar se a doença já atingiu os aviários.

 

Risco - "A doença atinge apenas as aves e não tem risco de contaminação dos produtos derivados nem dos consumidores. O principal impacto da enfermidade é para o produtor que deve eliminar todas as aves contaminadas para evitar que a doença se alastre para outras granjas", disse a veterinária do IMA.

 

Com a interdição, as 30 granjas estão proibidas de comercializar e transportar as aves, a medida tem prazo indeterminado. De acordo com Cristina, a doença não é transmitida ao homem. " importante destacar que essa é uma doença das aves. Para o ser humano não existe perigo de contaminação, não existindo também restrições em relação ao consumo de carne e os ovos", afirmou.

 

De acordo com o IMA, o número de aves mortas ainda não é significativo. Mas para evitar que a doença se espalhe, funcionários do instituto criaram quatro barreiras sanitárias e estão fiscalizando as cargas nos caminhões. A equipe de plantão nos locais interditados é formada por cerca de 10 médicos veterinários.

 

Ainda segundo a técnica, nos próximos dias serão concluídos todos os exames complementares referentes à doença e que estão sendo realizados em laboratórios do Ministério da Agricultura. O objetivo desses exames é confirmar se as medidas adotadas estão corretas e se há a necessidade de outras providências para controlar a doença.

 

Além do exame que identificou Laringotraqueite infecciosa, também foram realizados testes para identificar o vírus da Influenza Aviária e da Foença de Newcastle. A manifestação destas enfermidades nas aves do Sul de Minas foi totalmente descartada.

 

Minas é o segundo maior produtor de ovos do país, respondendo por 20% do total nacional. O volume é de quase 300 milhões de dúzias ao ano. O Sul de Minas possui o maior polo de granjas de postura do Estado, onde são criadas em média 7 milhões de aves.

 

"A avicultura no Sul de Minas é de alta relevância, por isso tanto os técnicos do IMA como os produtores e entidades representativas do setor estão empenhados em solucionar estes problemas e evitar que a doença de alastre no Estado", disse Cristina Abreu.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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