Apesar das modificações da Anvisa, o setor espera continuar em alta no próximo ano. Segundo a Abrafarma, as novas regras não prejudicam o avanço.
O conforto de encontrar uma diversidade de produtos tornou as farmácias e drogarias um dos lugares preferidos pelos consumidores. Nos últimos cinco anos as farmácias cresceram em média 20% ano, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). O presidente da entidade, Sérgio Barreto, comentou as expectativas para 2011. "Apesar das últimas modificações realizadas no setor, esperamos manter o crescimento de 20% no para o próximo ano", explicou o porta-voz.
Uma das modificações foi o acordo com a nova determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que leva para trás do balcão medicamentos antes vendidos sem prescrição médica; a importância e a quantidade da comunicação de ponto-de-venda (PDV) para este tipo de produto também deverá aumentar. Embora a maioria das drogarias ainda não tenha se adaptado à mudança, algumas pela garantia oferecida por uma liminar, já se faz necessário repensar a comunicação de medicamentos praticada hoje, de forma a torná-la mais sedutora e informativa.
Segundo analistas, é necessário estudar as oportunidades oferecidas pelo ambiente, em termos de espaço, possibilidade de utilização de materiais, além do perfil e do comportamento do comprador. Conhecer a rotina, o tempo de permanência de cada cliente na loja, suas preferências e as áreas 'quentes' do PDV é essencial para acertar na comunicação. Definir uma área de testes para analisar o impacto e a influência que comunicações diferenciadas geram nesse público é uma alternativa para conhecê-lo melhor. De acordo com pesquisa realizada pelo Popai Brasil, os displays, cartazes e banners ainda são as ferramentas de comunicação mais utilizadas no canal farmacológico. Com relação à presença em comunicação por categoria, os produtos para cuidados pessoais detêm 62,6% dos materiais de PDV, enquanto os medicamentos ficam com 15%, e outros produtos, com 22,4%.
Com as novas leis, a Drogasil, por exemplo, adaptou seu layout para atender a nova demanda do mercado. Segundo o diretor Comercial da Drogasil, Antônio Carlos Freitas, "adaptamos nosso layout para que o cliente possa ter a oportunidade de visualizar os medicamentos, sempre contando com a orientação dos nossos profissionais farmacêuticos. Agora a 1ª via da receita de controle especial fica retida nas lojas da rede e a 2ª via é devolvida ao paciente com carimbo, para comprovar o atendimento".
Ele complementou que todos os funcionários foram orientados, de acordo com as exigências da Anvisa, para verificar se a prescrição está em receita adequada e se contém itens como identificação completa do médico, usuário e comprador, inclusive endereço e números de documentos.
Segundo o porta-voz, no próximo ano a rede planeja continuar o seu processo de expansão da rede de lojas em 2011.
"Mantemos um programa constante de renovação de nossa rede de lojas. No ano de 2009, reformamos 60 lojas. Neste ano de 2010, planejamos a reforma de 60 lojas. Até setembro 2010, já tínhamos realizado a reforma de 37 lojas", disse Freitas.
O porta voz acrescentou que em 2010 a rede possui 333 lojas , distribuídas em 88 municípios de seis estados brasileiros. Em 2010, a Drogasil aumentou o ritmo de abertura de lojas no terceiro trimestre, com a inauguração de 14 novas lojas e, no acumulado nove meses, foram 32, contra 22 no ano passado. Recentemente a empresa preparou a entrada em operação do segundo centro de distribuição da Drogasil em Contagem, em Minas Gerais.
Novas regras
A Anvisa anunciou que a receita comum, em que o médico costuma apenas colocar o nome do remédio e o carimbo, pode ser aceita desde que traga informações completas sobre o medicamento e a dosagem e nela conste a identificação do médico e do paciente, inclusive com endereço e telefone. A mesma receita deve também ser emitida em duas vias: uma para o cliente e uma que fica retida na farmácia.
O prazo de validade de uma receita é de dez dias. Os farmacêuticos estão aceitando a receita comum e completam as informações no balcão.
Alguns clientes ainda se surpreendem na hora de comprar antibióticos. Os profissionais de saúde também ficaram desorientados, principalmente porque o texto da resolução cita a obrigatoriedade de "receita de controle especial". Na comparação com a receita comum, dá para ver que ela é diferenteda comum: tem espaço próprio para informações detalhadas sobre o médico e o paciente.
Nos últimos cinco anos as farmácias cresceram em média 20% ao ano, segundo dados Abrafarma. O presidente da entidade, Sérgio Barreto, comentou as expectativas para 2011. "Apesar das últimas modificações realizadas no setor, esperamos manter o crescimento de 20% no próximo ano", explicou o porta-voz.
Segundo analistas, é necessário estudar as oportunidades oferecidas pelo ambiente, em termos de espaço, possibilidade de utilização de materiais, e perfil e comportamento do comprador.
Veículo: DCI