Farmácias preveem que 2011 terá um novo salto de vendas

Leia em 4min 20s

Apesar das modificações da Anvisa, o setor espera continuar em alta no próximo ano. Segundo a Abrafarma, as novas regras não prejudicam o avanço.

 

O conforto de encontrar uma diversidade de produtos tornou as farmácias e drogarias um dos lugares preferidos pelos consumidores. Nos últimos cinco anos as farmácias cresceram em média 20% ano, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). O presidente da entidade, Sérgio Barreto, comentou as expectativas para 2011. "Apesar das últimas modificações realizadas no setor, esperamos manter o crescimento de 20% no para o próximo ano", explicou o porta-voz.

 

Uma das modificações foi o acordo com a nova determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que leva para trás do balcão medicamentos antes vendidos sem prescrição médica; a importância e a quantidade da comunicação de ponto-de-venda (PDV) para este tipo de produto também deverá aumentar. Embora a maioria das drogarias ainda não tenha se adaptado à mudança, algumas pela garantia oferecida por uma liminar, já se faz necessário repensar a comunicação de medicamentos praticada hoje, de forma a torná-la mais sedutora e informativa.

 

Segundo analistas, é necessário estudar as oportunidades oferecidas pelo ambiente, em termos de espaço, possibilidade de utilização de materiais, além do perfil e do comportamento do comprador. Conhecer a rotina, o tempo de permanência de cada cliente na loja, suas preferências e as áreas 'quentes' do PDV é essencial para acertar na comunicação. Definir uma área de testes para analisar o impacto e a influência que comunicações diferenciadas geram nesse público é uma alternativa para conhecê-lo melhor. De acordo com pesquisa realizada pelo Popai Brasil, os displays, cartazes e banners ainda são as ferramentas de comunicação mais utilizadas no canal farmacológico. Com relação à presença em comunicação por categoria, os produtos para cuidados pessoais detêm 62,6% dos materiais de PDV, enquanto os medicamentos ficam com 15%, e outros produtos, com 22,4%.

 

Com as novas leis, a Drogasil, por exemplo, adaptou seu layout para atender a nova demanda do mercado. Segundo o diretor Comercial da Drogasil, Antônio Carlos Freitas, "adaptamos nosso layout para que o cliente possa ter a oportunidade de visualizar os medicamentos, sempre contando com a orientação dos nossos profissionais farmacêuticos. Agora a 1ª via da receita de controle especial fica retida nas lojas da rede e a 2ª via é devolvida ao paciente com carimbo, para comprovar o atendimento".

 

Ele complementou que todos os funcionários foram orientados, de acordo com as exigências da Anvisa, para verificar se a prescrição está em receita adequada e se contém itens como identificação completa do médico, usuário e comprador, inclusive endereço e números de documentos.

 

Segundo o porta-voz, no próximo ano a rede planeja continuar o seu processo de expansão da rede de lojas em 2011.

 

"Mantemos um programa constante de renovação de nossa rede de lojas. No ano de 2009, reformamos 60 lojas. Neste ano de 2010, planejamos a reforma de 60 lojas. Até setembro 2010, já tínhamos realizado a reforma de 37 lojas", disse Freitas.

 

O porta voz acrescentou que em 2010 a rede possui 333 lojas , distribuídas em 88 municípios de seis estados brasileiros. Em 2010, a Drogasil aumentou o ritmo de abertura de lojas no terceiro trimestre, com a inauguração de 14 novas lojas e, no acumulado nove meses, foram 32, contra 22 no ano passado. Recentemente a empresa preparou a entrada em operação do segundo centro de distribuição da Drogasil em Contagem, em Minas Gerais.

 

Novas regras

 

A Anvisa anunciou que a receita comum, em que o médico costuma apenas colocar o nome do remédio e o carimbo, pode ser aceita desde que traga informações completas sobre o medicamento e a dosagem e nela conste a identificação do médico e do paciente, inclusive com endereço e telefone. A mesma receita deve também ser emitida em duas vias: uma para o cliente e uma que fica retida na farmácia.

 

O prazo de validade de uma receita é de dez dias. Os farmacêuticos estão aceitando a receita comum e completam as informações no balcão.

 

Alguns clientes ainda se surpreendem na hora de comprar antibióticos. Os profissionais de saúde também ficaram desorientados, principalmente porque o texto da resolução cita a obrigatoriedade de "receita de controle especial". Na comparação com a receita comum, dá para ver que ela é diferenteda comum: tem espaço próprio para informações detalhadas sobre o médico e o paciente.

 

Nos últimos cinco anos as farmácias cresceram em média 20% ao ano, segundo dados Abrafarma. O presidente da entidade, Sérgio Barreto, comentou as expectativas para 2011. "Apesar das últimas modificações realizadas no setor, esperamos manter o crescimento de 20% no próximo ano", explicou o porta-voz.

 

Segundo analistas, é necessário estudar as oportunidades oferecidas pelo ambiente, em termos de espaço, possibilidade de utilização de materiais, e perfil e comportamento do comprador.

 

Veículo: DCI


Veja também

Alshop afirma que praticidade é a prioridade do cliente

A procura de itens como sucos prontos, fraldas descartáveis, é um dado que pode ser citado como essencial ...

Veja mais
Cresce consumo do 'super arroz' no Brasil

Nutrição: Municípios do norte de MG utilizarão o suplemento alimentar na merenda escolar a p...

Veja mais
Drogaria São Paulo abre mais quatro unidades

A Drogaria São Paulo inaugurou mais quatro filiais neste fim de ano, uma em Minas Gerais e as demais em Sã...

Veja mais
Farmácias recebem máquina contra falsificação

Apesar da oposição da indústria farmacêutica, em 2011 começam a ser instaladas nas dro...

Veja mais
Seda encolhe, mesmo com novo visual

Participação em xampu e condicionador cai mais de um ano após investimento de R$ 125 milhões...

Veja mais
Governo aumenta taxa de importação de brinquedos de 20% para 35%

Segundo a associação dos fabricantes nacionais de brinquedos, a elevação do imposto tende a ...

Veja mais
Centrais de compras já iniciaram negociações para 2011

Após registrar incremento de até 15% nas vendas relacionadas ao Natal, os supermercados de pequeno e m&eac...

Veja mais
Supermercados em MG estimam receita de R$ 14 bi no próximo ano

Os supermercados mineiros devem faturar cerca de R$ 14 bilhões em 2011, o que corresponde a um crescimento de 5% ...

Veja mais
Lojas antecipam liquidação de janeiro

Descontos em lojas de São Paulo chegam a 70%; fluxo de pessoas na semana pós-Natal aumentou na cidade &nb...

Veja mais