Agora é a Indonésia que sofre com falta de pimentas

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A Coreia do Sul teve a sua crise do repolho. Os indianos estão tendo problemas para comprar batatas e cebolas. E agora, a alta nos preços dos alimentos ameaçam colocar a especiaria favorita da Indonésia - as pimentas chilli - além do alcance de muitos.

 

Os preços dessa pimenta picante adorada no país e matéria-prima do molho de mesmo nome praticamente triplicaram nos últimos meses, acelerando a inflação e suscitando preocupações no governo indonésio.

 

Nesta semana, o governo interveio pela primeira vez no debate sobre a carestia dos alimentos. O presidente, Susilo Bambang Yudhoyono, chegou a conclamar a população a plantar o seu próprio chilli em casa.

 

Encorajado, sendo ele mesmo, por revistas de jardinagem, Yudhoyono propôs uma campanha nacional para plantar sementes da pimenta em vasos, invocando a "criatividade doméstica" para reduzir a exposição do país à volatilidade dos preços.

 

De acordo com a FAO, a Agência para Alimentação e Agricultura da ONU, o mundo deverá enfrentar uma "choque nos preços dos alimentos" depois que o seu índice de preços de commodities atingiu um patamar recorde, superando os níveis da crise de alimentos de 2007/08.

 

A Indonésia tem sido atingida por fortes chuvas, que prejudicaram as produções de palma e carvão e elevaram os preços do arroz em mais de 10%. Isso forçou o governo a importar o cereal mais caro para distribuir à camada mais pobre da população.

 

Os alimentos representam até um quinto da cesta de produtos utilizada para medir a inflação na Indonésia, impulsionando o núcleo da inflação para próximo dos 7% - um ponto percentual acima da meta de 4% a 6% determinada pelo banco central.

 

Além de um robusto crescimento econômico de 6% no ano passado, a Indonésia registrou o fortalecimento de seu mercado financeiro e a entrada recorde de capital estrangeiro. Tudo isso, somado à inflação dos alimentos, sinaliza que a economia do país pode estar super aquecida.

 

O HSBC alertou que o risco real de inflação ainda maior virá da alta nos preços dos combustíveis programada para este ano e pelo consumo doméstico por bens e serviços. Nesta semana, o BC indonésio manteve a taxa básica de juros no patamar mais baixo da história do país 6,5%.

 


Veículo: Valor Econômico


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