Liquidações deixam cesta R$ 5 mais barata

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As liquidações de produtos ajudaram o consumidor do Grande ABC a economizar nesta primeira quinzena de janeiro. Por conta das ofertas, a cesta básica ficou 1,35% mais barata, queda de quase R$ 5 no preço em relação ao mesmo período da semana passada.

 

O morador da região gastou em média R$ 358,26 para encher o carrinho do supermercado, contra R$ 363,15 da semana anterior, segundo pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

 

"É muito comum observarmos preços em queda nos mercados em janeiro, acho que é uma estratégia das redes de liquidarem os itens para atrair mais clientes neste período marcado por férias. Muita gente está fora da cidade e como todos gastaram muito no fim do ano está todo mundo quebrado pós consumo exagerado das festas de fim de ano", explica Fábio Vezzá de Benedetto, engenheiro agrônomo da companhia e autor do estudo. O peso das contas de janeiro (IPTU, IPVA, matrícula escolar e material escolar) também afeta as idas ao supermercado, de acordo com Benedetto.

 

Apesar de as chuvas torrenciais já mostrarem as garras, principalmente no custo médio das hortaliças e verduras, a chuvarada ainda dá trégua nas prateleiras. "Caiu o preço de quase tudo, só o tomate que subiu, mas hortifrutis nos supermercados são um mistério. Dependem muito do dia da pesquisa", diz o engenheiro.

 

No entanto, Benedetto ressalta que entre fornecedores os preços já subiram até 60% e, em pouco tempo, nem mesmo as superpromoções para atrair clientes darão conta de segurar valores. "Aqui no Ceasa (Central de Abastecimento de Santo André), já percebemos a alta e muitos produtos já subiram, mas no supermercado é diferente. Tem muita variação e ainda dá para pesquisar e achar bons preços."

 

Entre os itens com maior variação ele cita a laranja e a alface e mostra alternativas para contornar o encarecimento dos produtos. "A cebola e a batata seguem como melhores opções. De poucos dias para cá, o preço da caixa da laranja aumentou R$ 10 na região. Em breve, nem o supermercado vai conseguir fazer ofertas", para substituir a fruta, o maracujá é a melhor alternativa.

 

AÇÚCAR

 

Muito longe das dicussões de plantação e chuvas, o açúcar começa a dar sinais que se tornará o vilão do mês. Nos últimos seis meses, enquanto o feijão era destaque, o açúcar subiu R$ 0,40. "Ele mantém o movimento de alta.Embora já tenha estado mais caro, é um item que está subindo e requer atenção."

 

O preço do pão é outro que pede atenção da dona de casa, a variação no produto chega a 100,33%. "O preço médio do quilo é R$ 3, mas é preciso verificar antes de comprar."

 

Feijão, carne e arroz seguem em alta

 

Depois de ocupar o posto de vilões da inflação e do bolso do consumidor, feijão e carne se mantiveram em queda nesta semana. O grão, que chegou aos R$ 5 em novembro, já custa R$ 2,40 nos supermercados da região.

 

A carne, que também estava salgada, começa a dar sinais de recuperação e o quilo do contrafilé pode ser encontrado por R$ 16,50 contra os R$ 18 praticados no fim do ano passado. Arroz, item indispensável na mesa dos brasileiros, também caiu no período e sai, em média, por R$ 7,15 o pacote de cinco quilos.

 

Para o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá de Benedetto, a redução nos preços é promissora, no entanto, ainda é cedo para estimar se os produtos seguirão em queda. "Já vi duas coisas anos atrás: o preço da carne cair e todos falarem que a chuva ajudou a qualidade do pasto, o que faz o gado engordar mais rápido", diz. "Mas também já ouvi o contrário. De que as chuvas atrapalham transporte do rebanho e falta gado nos abatedouros. Tudo depende de outros fatores que vão desde preço do dólar até exportação. É tendência histórica a queda, mas ficamos na expectativa, porque dependemos de fatores externos", avalia.

 

No entanto, o engenheiro afirma que o consumidor que estiver pensando em juntar os amigos em um churrasco será mais bem-sucedido neste semana. "Só o tomate (para o vinagrete) está mais caro", diz.

 

Veículo: Diário do Grande ABC


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