Concorrência em remédio aumenta com novo genérico

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O embate na indústria de medicamentos que opõe as farmacêuticas donas de patentes às fabricantes de genéricos tem novo desdobramento nesta semana com a chegada às farmácias de um remédio contra o colesterol.

 

A rosuvastatina cálcica começa a ser vendida ao consumidor na versão genérica pela Germed Pharma. A molécula, do grupo das estatinas, é usada em tratamentos para o colesterol alto.

 

A AstraZeneca, que produz o remédio da marca Crestor, em que está presente a rosuvastatina, deve entrar na Justiça para impedir a chegada da concorrente.
A empresa informa que "tem como prerrogativa adotar medidas para fazer valer o seu legítimo direito de exclusividade, amplamente garantido pelo sistema jurídico brasileiro, razão pela qual qualquer afronta a esse direito envolvendo a rosuvastatina será combatida".

 

"Temos o produto registrado na Anvisa e aprovado. Será pelo menos 35% mais barato no genérico", diz José Cosme Santos, presidente da Germed.
Cerca de 100 mil embalagens da rosuvastatina foram distribuídas a farmácias de todo o país pela empresa.

 

"É uma estratégia para ganhar tempo. Enquanto há disputa na Justiça, atrasa a entrada da concorrência", diz Odnir Finotti, da Pró-Genéricos (associação do setor).
Além da Germed, até agora, outra companhia, a Torrent, já recebeu da Anvisa a liberação para comercializar o produto, nas formas similar e genérica, mas ainda não iniciou as vendas.

 

A Pró-Genéricos estima que mais quatro empresas estejam com pedido na Anvisa. É regra da agência não divulgar a informação.
Essa não será a primeira vez que a AstraZeneca tenta impedir a chegada de concorrentes ao mercado da rosuvastatina. Em outubro, a empresa obteve liminar que impedia a Torrent de fabricar e comercializar a droga.
A liminar foi derrubada, mas o caso permanece na Justiça.

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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