A empresa, que emprega 400 pessoas e enfrenta a alta dos preços da cana-de-açúcar, fabrica 50 toneladas por dia.
O aumento da demanda no mercado interno está fazendo a Batista Almeida (Balas Santa Rita), com unidade fabril em Oliveira, região Centro-Oeste do Estado, operar no limite da capacidade instalada.
De acordo com a diretora-administrativa da empresa, Valéria Almeida Carvalho, quando a demanda excede o limite da capacidade de produção, a fábrica adota o terceiro turno. "Esta é a forma que temos encontrado para atender nossos clientes dentro das expectativas de prazo estabelecidas por eles", diz.
De acordo com ela, a empresa concluiu recentemente aporte de R$ 1,5 milhão na expansão da capacidade produtiva, que hoje é de 50 toneladas por dia. Os produtos são comercializados com distribuidores e redes supermercadistas de todo o Brasil, através de representantes autônomos. Além das vendas para o mercado interno, uma pequena parte da produção (aproximadamente 10%) segue para o exterior. Além de países do Mercosul, há vendas para a África. Valéria afirma que a empresa já chegou a exportar 20% da produção. No entanto, o novo cenário da economia, com a valorização cambial, desestimula este tipo de operação.
Segundo a empresária, a Balas Santa Rita encerrou 2010 com receita bruta de R$ 50 milhões, mantendo o mesmo patamar apurado no exercício anterior. "Estamos passando por um momento de estabilidade nos negócios, dentro do novo contexto da economia brasileira, que é bastante favorável ao consumo", diz.
A empresa está instalada em uma área de 4 mil metros, sendo 3 mil metros construídos. Conforme Valéria, ainda não há programação de investimentos para 2011, além dos reparos previstos para o maquinário.
A empresa gera 400 empregos diretos e aproximadamente 200 indiretos. Não há perspectivas de novas contratações, pelo menos nos primeiros seis meses de 2011. Valéria diz que um dos principais gargalos para a expansão das atividades atualmente é a alta no preço do açúcar, tanto no mercado interno quanto externo.
Os preços da tonelada do produto subiram em janeiro em conseqüência da redução da estimativa inicial de produção de 565 milhões de toneladas na safra 2010/2011. Na média, os preços da tonelada de cana subiram 2,9% no mês passado. As maiores variações mensais foram verificadas na Paraíba e em Pernambuco, com alta de 4,8%. Na região Centro-Sul, os preços subiram 2%.
A Balas Santa Rita adquire o insumo majoritariamente de produtores de Goiás e São Paulo. De acordo com ela, a alta no preço do produto compromete a competitividade, sobretudo no exterior. "Apesar de não ser uma questão crucial, também sofremos com a invasão de produtos chineses, que disputam conosco tanto interna quanto externamente por preços mais baratos", afirma.
Veículo: Diário do Comércio - MG