Ainda na luta contra o avanço do importado chinês, o setor de brinquedos brasileiro vai se aliar a fabricantes do Paraguai, do Uruguai e da Argentina.
"Estamos fazendo um acordo com o Mercosul. A ideia é aproveitar algumas condições mais favoráveis que os países vizinhos possuem em custo de mão de obra, taxa de juros e tributação para produzir partes e peças", afirma Synésio Batista, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
O objetivo, segundo ele, não é tornar o Brasil uma linha de montagem, mas transferir aos vizinhos a produção de apenas alguns componentes como rodinhas para carrinhos, olhos, cabelos e sapatos de bonecas, além de dados e peças para jogos. "É uma complementação industrial."
O projeto deve entrar em operação em abril.
No momento, os empresários brasileiros estão promovendo a capacitação dos fabricantes parceiros e enviando máquinas que serão emprestadas aos vizinhos. "Queremos ficar livres da dependência do ambiente europeu e asiático."
Veículo: Folha de S.Paulo