Governo estuda taxar exportação de açúcar em até 5%

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Objetivo é forçar a queda no preço final do etanol. Outras medidas estão em estudo, como o crédito [br]para plantio de cana

 

Para forçar as usinas a aumentar a produção do etanol e, com isso, reduzir o preço do combustível ao consumidor final, o governo estuda taxar a exportação de açúcar. Segundo apurou o Estado, a alíquota sobre a venda do produto no mercado externo deve ficar entre 4% e 5%.

 

O Estado apurou também que a área econômica avalia reduzir a mistura do álcool à gasolina, fixada hoje em 25%.

 

Além dessas medidas, o governo discute outras iniciativas para tentar resolver os problemas no setor sucroalcooleiro, cujo maior reflexo é o aumento do preço do etanol nos postos de combustíveis. Uma das medidas em estudo, já para a próxima safra, é a abertura de uma linha de financiamento temporária, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou do Banco do Brasil, para renovação do canavial.

 

Segundo o subsecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, por causa da crise financeira de 2008 e 2009, os produtores de cana-de-açúcar não fizeram a renovação por falta de capital para investimentos. Com isso, a idade média dos canaviais está maior do que o normal, reduzindo a produtividade. De acordo com Bittencourt, essa renovação dos canaviais normalmente ocorre a cada cinco anos.

 

As medidas em discussão têm caráter estrutural e também conjuntural. Bittencourt disse que ganhou força a discussão sobre a possibilidade de tornar o álcool um combustível regulado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo o subsecretário, essa é uma proposta antiga, mas pode ser um instrumento a mais de garantia de abastecimento do etanol. Ele explicou que, sendo regulado pela ANP, o setor terá a responsabilidade de garantir o abastecimento.

 

Relação. Outra linha de frente do governo é a discussão com as montadoras para tornar o etanol mais eficiente como combustível. Segundo Bittencourt, é preciso melhorar a relação econômica do álcool com a gasolina.

 

Ou seja, o álcool só compensa na bomba se o preço for de até 70% da gasolina. "É preciso melhorar a eficiência do etanol. Quanto menor for o gap (entre a gasolina e o álcool), mais o álcool fica competitivo."

 

Veículo: O Estado de S. Paulo


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