Indústria de brinquedos reforça estratégia contra produtos chineses

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Intenção é reduzir de 57%para 30% a participação de itens importados no mercado brasileiro até 2016

 

Maior fabricante de brinquedos do país, a Estrela inaugura oficialmente no início de maio sua nova fábrica na cidade de Ribeirópolis, em Sergipe. A maior capacidade de produção que a companhia terá é um reflexo dos esforços de toda a indústria nacional para fazer frente à importação dos produtos vindos da China, que representam cerca de 85% dos itens que entram no país. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), as importações corresponderam a 57% das vendas realizadas no ano passado e a intenção é reduzir esse índice para apenas 30% nos próximos cinco anos.

 

Para brecar a invasão dos produtos chineses no mercado brasileiro, o governo adotou no início do ano uma nova alíquota para a importação de brinquedos, que passou de 20% para 35%. A própria Estrela prevê uma redução no volume de itens importados, de 40% para 30% do total até o final deste ano. “É um modelo flexível que nos deixa atuar da maneira mais rentável para nós”, afirma Carlos Tilkian, presidente da Estrela. Segundo ele, a companhia investirá R$ 15 milhões ao longo deste ano, montante 18% acima do realizado em 2010.

 

Já a Grow afirma que a nova alíquota não influenciará a atuação da companhia por importar apenas 10% de seus produtos. “A importação que fazemos é mais pontual”, diz Gustavo Arruda, gerente de marketing da Grow.

 

Conversa na China

 

O presidente da Abrinq, Sinésio Batista, acompanhará a presidente Dilma Rousseff em sua viagem à China com o objetivo de garantir padronização aos produtos que chegam ao Brasil. “A ideia é que atendam às nossas normas de qualidade e eles podem fazer isso”, diz Batista, comentando que 20% das importações vindas do país asiático estão fora dos padrões. Segundo ele, o Brasil é responsável por 70 mil empregos na China devido ao volume de brinquedos importados .

 

A entidade pretende também conseguir um reforço da fiscalização junto aos importadores. “São cerca de 50 importadores que não trabalham corretamente e vamos pressionar.”

 

Veículo: Brasil Econômico


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