Para vender mais no calor, Kraft revê embalagem de Sonho de Valsa

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A cada minuto cerca de 1,1 mil Sonhos de Valsa são vendidos no mercado brasileiro, segundo a Kraft Foods Brasil, fabricante do bombom. A partir de domingo, esses milhares de consumidores devem notar uma grande diferença antes da primeira mordida - a maior mudança já feita no produto em seus 73 anos: a embalagem que envolve o chocolate virá lacrada. Com o novo sistema, desenvolvido pela Kraft ao longo de dois anos e com R$ 15 milhões em investimentos, a empresa acredita que o produto ficará mais resistente ao calor e à umidade - o que ajudará as vendas principalmente em praças onde o clima é mais quente, como o Nordeste.

 

"Enquanto o mercado brasileiro cresceu 7,8% em volume em 2010, as vendas no Nordeste evoluíram 27%", diz Carlos Cortez, gerente de marketing da divisão de chocolates da Kraft Foods Brasil, que inaugura no dia 3 sua primeira fábrica nordestina, em de Vitória de Santo Antão, no Pernambuco.

 

Sonho de Valsa detém 42,9% do mercado de bombons no país e é hoje o segundo item mais vendido da Kraft, atrás apenas do chocolate Bis. "O Brasil é hoje a terceira operação de chocolates da Kraft no mundo", acrescenta Cortez.

 

O lançamento após a Páscoa - período que representa três meses de faturamento para a companhia - é proposital, segundo o executivo. A ideia é tentar prolongar as vendas de chocolate após as vendas de ovos, que concentram a maior parte do faturamento de chocolate no período, ofuscando outros formatos. Este ano, a Kraft deve comercializar 25 milhões de ovos - 2 milhões a mais que em 2010. "A Kraft é líder de mercado em ovos de Páscoa. Nosso ovo mais vendido é a versão Sonho de Valsa, que tem 8,3% das vendas", diz.

 

No ano passado, segundo a Nielsen, mais consumidores consumiram ovos de Páscoa que em 2009. Conforme um levantamento do instituto de pesquisas, o percentual de pessoas que comprou o produto passou de 38,3% para 49,6% entre 2010 e o ano anterior.

 

Segundo outro levantamento, a maior parte das regiões que menos consomem chocolates no país são também as mais quentes e úmidas. Na cidade do Rio de Janeiro, conforme estudo do IBOPE Mídia, 63% dos consumidores consomem chocolates regularmente. Na capital paulistana, bem mais fria, o número salta para 71%. Em Fortaleza, esse percentual fica em 63%, enquanto em Curitiba ele é de 73%.



"O consumo de chocolates no Brasil é ainda muito baixo. Fica em 1,3 quilo por habitante ao ano, quando na Europa gira em torno de 7 quilos", diz Cortez. "A nova embalagem do Sonho de Valsa ajudará a levar um produto mais crocante para o mercado, o que - esperamos - deve aumentar o consumo", diz ele.


Veículo: Valor Econômico


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