Festas juninas aquecem comércio

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Vendas de produtos típicos devem elevar em 5% receita dos supermercados mineiros.

 

A proximidade com o mês de junho aquece as vendas de produtos típicos das celebrações de São João, que acontecem durante todo o mês. Pipocas, canjicas e artigos de decoração tomam conta dos supermercados, que precisam abastecer os estoques para atender a demanda.

 

A Associação Mineira de Supermercados (Amis) espera crescimento de 5% nas vendas do período, que inicia na última semana de maio e segue até julho, com relação ao mesmo intervalo de 2010. O índice foi estabelecido em reunião avaliativa realizada pelos dirigentes da entidade. Ainda não foi realizada pesquisa de consulta aos associados.

 

Ainda de acordo com a Amis, a venda de produtos típicos, como a canjica, por exemplo, apresenta crescimento entre 30% e 40% no período de comemorações de São João com relação ao restante do ano. Regiões como o Norte e o Nordeste de Minas apresentam crescimento ainda maior. A informação também é da Amis, que explica o fator pela tradição das festas juninas ser mais forte nessas regiões do Estado.

 

Atacadistas - Para abastecer o estoque e atender à demanda por produtos típicos do sexto mês do ano os supermercados recorrem aos distribuidores, que também registram alta no faturamento durante esse período. De acordo com o presidente da Associação dos Atacadistas e Distribuidores de Minas Gerais (Ademig), Ronaldo Magalhães, o período de vendas relativas à festa junina envolve dois aspectos.

 

"A venda de alguns alimentos típicos dessa época do ano realmente movimenta os negócios nesse período e há possibilidade de um faturamento extra. No entanto, muitas distribuidoras e atacadistas mineiras atendem à região Nordeste do país, onde o mês de junho é de comércio de portas fechadas e isso prejudica as vendas para aquela região durante o mês", afirmou Magalhães.

 

Também típico das festividades juninas são os fogos de artifício, que anima e colore as celebrações. No entanto, as indústrias de explosivos situadas no polo de Santo Antônio do Monte, na região Centro-Oeste do Estado, registraram queda nas vendas neste ano em relação a 2010.

 

O porta-voz do Sindicato das Indústrias de Explosivos do Estado de Minas Gerais (Sindiemg), Fernando Antônio dos Santos Júnior, explicou que há algum tempo o setor vem enfrentando concorrência predatória com os produtos chineses, que estão invadindo o mercado, o que tem prejudicado as vendas.

 

"A China é o país inventor e maior produtor de fogos de artifício do mundo. A concorrência com os produtos vindos daquele país sempre foi difícil. Mas com o real valorizado está ainda mais complicado", observou. Ele explicou que as indústrias de explosivos já estão finalizando as vendas para as festividades juninas.

 

"Comercializamos o produto para os lojistas e já estamos em fase de entrega, pois agora começam as vendas para o consumidor final", explicou. Santos Júnior informou que as vendas para o período de junho iniciaram em fevereiro e que foi registrada queda de 20% no faturamento do período deste ano com relação ao mesmo intervalo de 2010.

 

Ainda segundo Santos Júnior, as vendas para as festas juninas representam entre 25% e 30% do total de comercializações do ano. Mas ele afirma que esse número é baixo, já que em 1991 esse índice era de 50%. A outra metade era atribuída às festas de final de ano.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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