O Wal-Mart anunciou ontem um aumento maior que o esperado no lucro trimestral, equilibrado por fortes vendas em países fora dos Estados Unidos, onde ainda segue sob pressão e em que registrou a oitava queda seguida em vendas pelo conceito mesmas lojas.
O maior grupo varejista do mundo está bastante atento ao ambiente econômico, com os preços de combustíveis e a inflação influenciando o desempenho nos Estados Unidos, seu maior mercado de atuação. A companhia teve lucro de US$ 3,4 bilhões, ou US$ 0,98 por ação, no trimestre encerrado em 30 de abril, acima dos US$ 3,3 bilhões, ou US$ 0,87 por papel, de um ano antes.
A previsão da própria empresa era de ganho por ação de US$ 0,91 a US$ 0,96, enquanto a estimativa de analistas era de US$ 0,95, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S. As vendas cresceram 4,4% no período, para US$ 103,42 bilhões, superando a projeção do mercado de US$ 102,93 bilhões.
As vendas mesmas lojas - que consideram aquelas com pelo menos 12 meses de atividade - nos EUA caíram 1,1%, em linha com a expectativa da companhia de queda de até 2% e um pouco melhor que o recuo de 1,3% previsto por analistas.
"Reconhecemos que ainda temos trabalho a fazer e crescimento de vendas segue como a principal prioridade para mim e todo o time do Walmart", disse o presidente-executivo do grupo, Mike Duke, em nota. A queda nas vendas da companhia foi decorrente sobretudo de menor frequência dos consumidores às lojas, enquanto a média gasta por eles cresceu.
A varejista projeta, para o próximo trimestre, lucro de US$ 1,05 a US$ 1,10 por ação, contra US$ 0,97 um ano antes. Já as vendas mesmas lojas nos EUA devem oscilar entre queda de 1% e alta de 1%.
Home Depot
A varejista norte-americana Home Depot registrou lucro líquido de US$ 812 milhões, ou US$ 0,50 por ação, no primeiro trimestre do ano fiscal de 2011, encerrado em 1º de maio. O ganho do grupo subiu 12% ante o mesmo período de 2010, quando lucrou US$ 725 milhões.
A receita da empresa recuou 0,24% com a demanda mais fraca na primavera, para US$ 16,82 bilhões, mostra o balanço contábil divulgado hoje. Por outro lado, as despesas operacionais recuaram 1,78%, para US$ 4,41 bilhões, o que ajudou a empresa a garantir a alta no lucro.
A companhia também elevou suas metas para o ano fiscal de 2011 e prevê agora lucro de US$ 2,24 por ação, ante a previsão anterior de US$ 2,20.
Já o guidance para a receita foi mantido em um crescimento de 2,5% em relação ao faturamento de 2010, de US$ 68 bilhões, o que resultaria em cerca de US$ 69,7 bilhões.
Veículo: DCI