BRF faz oferta por unidade da Leite Nilza

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A BRF - Brasil Foods iniciou negociações com a Indústria de Alimentos Nilza para adquirir a unidade de processamento e produção de leite longa vida da empresa em Ribeirão Preto (SP). A proposta feita à Nilza pela BRF, que a empresa diz ser "uma manifestação de interesse em negociar", prevê pagamento de R$ 60 milhões pelo ativo.

 

O pedido passou por avaliação do juiz da 4.ª Vara Cível da cidade paulista, Héber Mendes Batista, que cuida do processo de recuperação judicial da Nilza e que decretou falência da indústria láctea em 25 de janeiro. Advogados da Nilza conseguiram no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) uma liminar para suspender a falência até o julgamento do recurso. Em seu último despacho, Batista determinou que um acordo entre a BRF e a Nilza depende, inicialmente, da resolução do imbróglio jurídico. Caso a falência seja suspensa e a recuperação judicial prossiga, a proposta teria de ser aprovada ainda por assembleia de credores da Nilza.

 

O vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello, confirmou o interesse. Mas acrescentou que não há ainda uma proposta firme de aquisição e que, além das questões judiciais e processuais, um negócio só seria firmado após novas conversas, bem como auditorias no ativo.

 

Segundo Mello, a BRF entende que um acordo com a Nilza não dependeria de avaliação do Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pois o negócio de lácteos foi excluído pelo órgão antitruste do processo de fusão entre a Sadia e a Perdigão, que gerou a BRF. Mello disse ainda que o valor de R$ 60 milhões foi proposto após uma visita técnica na unidade e, caso o negócio seja fechado, a empresa tem interesse em produzir lácteos das marcas Elegê ou Batavo.

 

O próximo passo do negócio é o julgamento do agravo de instrumento (recurso) feito pelos advogados da Nilza para reverter a falência da companhia, decretada após o juiz apontar fraude no processo de recuperação judicial. Em fevereiro, os representantes da Nilza conseguiram a suspensão da falência liminarmente no TJ-SP, até que a Câmara de Falências e Recuperações Judiciais do órgão avalie o recurso, o que deve ocorrer no dia 31 de maio.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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