Marisa mira todas as classes para obter 887 lojas no País

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Tanto em ruas de alto padrão como nos morros as lojas de departamento Marisa devem se despontar cada vez mais. Tanto que recentemente a marca -que tem como carro-chefe a venda de roupas femininas- abriu uma loja na comunidade do Heliópolis e outro ponto de venda na Paulista ambos localizados na capital paulista.

 

Segundo o presidente da companhia, Marcio Goldfarb, a rede aposta em um crescimento orgânico para alcançar em um prazo não determinado cerca de 887 lojas espalhadas pelo País. "Queremos estar presentes em todos os locais onde a classe C esteja presente", enfatizou. Hoje a marca possui 288 pontos de venda.

 

Ele ainda afirmou que a quantidade de unidades foi calculada em função do número de habitantes mulheres do Brasil, entre as classes B e C.

 

Para dar início ao plano de expansão, este ano a rede prevê a inauguração de 57 lojas e o ano passado já foram 53 unidades. Atualmente a rede possui três formatos de pontos de venda: lingerie, lojas com vendas de roupas femininas masculinas e infantil e pontos voltados apenas para mulheres

 

Contrariando algumas das medidas do mercado, o presidente afirmou que não irá baixar seu número de parcelas , nem os preços e ainda deve manter a mesma taxa de juros praticada pelo setor. "Atualmente temos um tíquete médio de R$ 72 e um prazo médio de pagamento de 90 dias para efetuar o pagamento. Não vamos alterar nosso método de vendas", diz Goldfarb.

 

Vitrine on-line

 

Além do investimento na expansão de lojas, a rede também que ser referência na venda de roupas pela Internet. Para isso, a marca aumentou este ano o número de peças oferecidas no site para 1.700, cerca de 42% a mais se comparado com o ano anterior.

 

Outra meta voltada para este segmento é o aumento na participação do comércio virtual para 1,8% das vendas brutas totais. A parcela atual é de 1,6%.

 

A varejista busca aumentar a participação das classes emergentes na compra de roupas virtuais por meio da padronização da numeração e da possibilidade de fazer trocas em qualquer loja física, diz o presidente do grupo.

 

Cartão de crédito

 

Para atrair cada vez mais clientes para as lojas, a Marisa aposta na venda feita por meio do cartão próprio (private label) das lojas. Quem compra nos pontos espalhados pode parcelar suas compras em até 5 vezes sem juros ou ainda 8 vezes com juros de médios de 6,5% adotados no mercado. Hoje cerca 50% das vendas são feitas no cartão e já são de 1,5% de pessoas que possuem o meio de pagamento que possui parceria com o Itaú. Segundo o porta-voz, a média de crescimento do private label gira em torno de 12% até 15% .

 

Hoje cerca de 80% das vendas são parceladas em até cinco vezes, mas sem juros

 

O lucro das lojas Marisa cresceu 41,4% no primeiro trimestre de 2011 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os ganhos da varejista somaram 36 milhões de reais no período, segundo balanço divulgado pela companhia.

 

A receita líquida de mercadoria e serviços apresentou crescimento de 30,7%, totalizando 494,1 milhões de reais. Nos três primeiros meses do ano passado, o faturamento da Marisa foi de 378 milhões de reais.

 

Já o faturamento do varejo, no período, cresceu 26,5%, somando 374,4 milhões de reais.

 

A Marisa encerrou o trimestre com 281 lojas, quase 25% a mais na comparação com o mesmo período de 2010.

 

Setor

 

O segundo semestre deste ano tende a ser ainda mais aquecido do que o primeiro, pois, além do calendário favorável, com várias datas sazonais seguidas, as redes começam a aumentar em até 100 dias, ou seja, jogar para 550 dias o prazo para pagamento das parcelas.

 

Um termômetro de que o setor varejista continua forte, mesmo com o aumento dos juros, é o fato de que as vendas do varejo brasileiro tiveram em fevereiro uma expansão de 8,2% em relação às do mesmo período do ano passado. O desempenho ficou praticamente em linha com os 8,3% de alta registrados em janeiro e leva o acumulado dos últimos 12 meses a uma expansão de 10,4%, próximo ao crescimento de 10,9% de todo o ano de 2010 - o melhor resultado da série histórica apurada pelo IBGE. "As vendas do varejo continuam crescendo de forma consistente, refletindo a continuidade de um cenário macroeconômico positivo", comenta Luiz Goes, sócio sênior e diretor da GS&MD Gouvêa de Souza, empresa de consultoria especializada no setor.

 

As expectativas para este ano são otimistas. "O varejo deverá fechar 2011 com um crescimento acima do do Produto Interno Bruto (PIB), pelo nono ano seguido. A renda das famílias deverá continuar em expansão e o desemprego ficará estável", diz

 

Veículo: DCI


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