O grupo Aliança Atacados e Supermercados S/A - detentora das marcas Super Nosso, Apoio Mineiro e das distribuidoras DECMinas e DAMinas - inaugura, no próximo dia 30, um Super Nosso Gourmet no Serena Mall em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O novo estabelecimento será a segunda loja com conceito ecológico do grupo que, de acordo com o diretor-executivo, Euler Fuad, é pioneiro nesse modelo de loja em Minas Gerais.
"O investimento total para a montagem da loja é da ordem de R$ 3 milhões. A área total construída é de 2 mil metros quadrados. A loja ecológica é aquela que não agride o meio ambiente. Vamos utilizar sacolas retornáveis e oxibiodegradáveis, que se decompõem em no máximo seis meses. Os modelos convencionais levam até cem anos. Além disso, toda a arquitetura do prédio foi pensada para ser ecologicamente correta", afirmou.
Além da loja em Nova Lima, estão confirmados mais três lançamentos para 2009: um Super Nosso (em Belo Horizonte) e duas lojas Apoio Mineiro, uma na Capital e outra em Betim (RMBH). O diretor-executivo do grupo Aliança revelou que para o Super Nosso de Nova Lima foram criados 200 empregos. A previsão é que para os demais lançamentos sejam contratadas cerca de 600 pessoas. Atualmente, o grupo possui cerca de 4 mil funcionários.
A crise financeira internacional não deve influenciar os planos de expansão do grupo. "Não teremos mudanças em relação ao número de lojas que serão abertas no próximo exercício. No setor, o cenário que a gente prevê para 2009 é de otimismo. O segmento supermercadista tem uma vantagem grande em relação aos outros. Além de ser o menos atingido pelo problema externo, ele é o último a entrar e o primeiro a sair", observou.
Quanto ao crédito, o empresário reconhece que o problema pode ser mais grave, já que os financiamentos estão mais difíceis de ser tomados. No entanto, ele aposta que, em 2009, o grupo deverá repetir o bom resultado previsto para este ano.
"Nossa previsão para 2008 é de um crescimento de 25% frente ao ano anterior. Para o próximo exercício, a aposta é de uma expansão de 20%: 10% de crescimento nas lojas novas e mais 10% nas demais unidades. O que vai acontecer é uma aceleração menor. Hoje, estamos andando a 120 quilômetros por hora. No ano que vem, talvez teremos que diminuir para 80 quilômetros. Mas sem parar de crescer", previu.
Mesmo com a alta do dólar - que ontem chegou a ser cotado a R$ 2,40 - Fuad afirmou que não haverá reajuste de preços nos produtos importados para o fim do ano. Segundo ele, o grupo poderá manter os valores atuais porque antecipou as importações. "Fomos felizes porque fizemos as compras mais cedo. Agora, estamos resistindo ao máximo. Mas, caso o dólar permaneça alto, teremos que mexer nos preços no futuro, já nas próximas negociações", reconheceu.
Para o empresário, a crise atual pode até gerar boas oportunidades. "Para aqueles que estão se preparando, atentos aos acontecimentos externos e tomando as medidas corretas para evitar percalços, o cenário pode acabar sendo favorável no futuro", concluiu. (LL)
Veículo: Diário do Comércio - MG