O mineiro gasta, em média, de R$ 201 a R$ 300 por mês em compras nos supermercados. Os menores preços aliados às promoções são os fatores que mais influenciam na escolha do local. Foi o que apontou a pesquisa sobre o comportamento do consumidor, encomendada pela Associação Mineira de Supermercados (Amis) ao Instituto Ver Pesquisa e Comunicação. O levantamento foi realizado nos municípios de Belo Horizonte, Uberlândia, Pouso Alegre, Juiz de Fora, Montes Claros, Governador Valadares e Divinópolis, entre 1º e 2 de outubro.
Foram entrevistadas 1.037 pessoas, divididas entre as classes sociais A e E. De acordo com o pesquisador Malco Camargos, responsável pelo estudo, a divisão socioeconômica dos pesquisados segue a proporção de Minas Gerais, segundo o último censo divulgado pelo IBGE (2005). "Entrevistamos somente as pessoas que fizeram compras no último mês. Este ano, diferente das duas amostras realizadas anteriormente, ampliamos o levantamento para fazer uma leitura das principais cidades do Estado", disse.
Entre os ouvidos, 29% disseram gastar de R$ 201 a R$ 300 mensais; 26% de R$ 301 a R$ 500; 24% de R$ 101 a R$ 200; 11% afirmaram que o gasto varia de R$ 501 a R$ 1 mil; 6% menos de R$ 100; e 2% disseram gastar acima de R$ 1 mil. Dos entrevistados, 60% escolhem o supermercado que oferece menor preço e promoções. Já 15% preferem os locais mais próximos das residências e 8% escolhem os estabelecimentos que têm a maior variedade de marcas e produtos.
Do universo pesquisado, a maioria (61%) recebe de um a cinco salários mínimos por mês e está inserida na classe C (47%). De acordo com Camargos, o levantamento confirmou a ascensão da classe C, o que vem ocorrendo em todo o país. A classe B está representada em 26% dos ouvidos; a D, em 21%. Já 5% estão inseridos na camada mais abastada da população. E, apenas 1% pertence à classe E. "Conforme vem retratando os indicadores socioeconômicos, a classe E tem desaparecido do país.
Das cidades onde a pesquisa foi realizada, Governador Valadares e Pouso Alegre são os municípios onde se gasta mais no setor supermercadista. Em ambas, 3% dos entrevistados disseram gastar acima de R$ 1 mil. "Nessas cidades, os supermercados tomaram espaço do pequeno varejo. Existe uma guerra de preço muito grande, não sobra muito para os menores", avaliou o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues.
Outro dado importante revelado pela pesquisa foi que as pessoas continuam optando por fazer uma compra mensal, ao invés de pequenas compras no mesmo período. Essa realidade já havia sido constatada em levantamento realizado há 12 anos (em 1996) pelo instituto.
Veículo: Diário do Comércio - MG