A International Paper (IP), maior fabricante de papéis dos Estados Unidos, vai alterar a partir da segunda metade deste mês as embalagens da linha Chamex, que é produzida no Brasil. O objetivo é reforçar presença no mercado doméstico de papel A4, que mostra expansão de 8% no ano até abril. Em 2010, o segmento movimentou 440 mil toneladas de papel, o equivalente a cerca de 190 milhões de resmas (pacotes com 500 folhas). Neste ano, deve registrar crescimento entre 6% e 7%.
"Deve ter havido recomposição de estoques no início do ano, o que levou a uma taxa acumulada de crescimento de 8%", explica o diretor comercial da IP do Brasil, Nilson Cardoso. "Ainda assim, crescer entre 6% e 7%, em linha com o desempenho dos últimos anos, é um bom resultado." Embora a IP não divulgue projeções para suas vendas, o executivo diz que os volumes comercializados pela operação brasileira têm ficado "um pouco acima" da média do mercado - a principal concorrente no país é a Suzano Papel e Celulose.
A mudança nas embalagens da Chamex, marca que segundo a IP é a mais vendida na América Latina, faz parte da estratégia da companhia de manter seus produtos atualizados e alinhados às mudanças de expectativa do consumidor. Conforme Cardoso, a linha atende desde o público corporativo, principal cliente da marca, até usuários domésticos - órgãos públicos e empresas especializadas e instituições de ensino também têm peso relevante nas vendas.
"Com a melhora da renda e vendas crescentes de computador e impressora, há demanda cada vez maior por esse tipo de papel", explica. Para chegar à nova "cara", a área de Marketing de Produtos da IP trabalhou em parceria com a Team Creatif, agência de design especializada em embalagens, e ouviu consumidores dos mais variados perfis em janeiro. A última mudança na apresentação da Chamex, que é exportada para mais de 50 países, com destaque para a América Latina, ocorreu em 2007.
Segundo Cardoso, incluindo as vendas de bobinas (offset), o mercado nacional de papéis de imprimir e escrever tem exibido taxas de crescimento de 4% a 5% ao ano. No ano passado, a IP do Brasil comercializou 976 mil toneladas de papel, com equilíbrio entre vendas internas e exportação. As três fábricas da americana no país têm capacidade de produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas por ano de papéis.
Veículo: Valor Econômico