É tempo de mangarito num sítio em Paraibuna

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Tubérculo raramente cultivado em lavouras comerciais chamou a atenção de agricultor do município paulista

 

Raridade no mundo dos tubérculos, o mangarito tem pouquíssimos produtores comerciais no Brasil, o que torna o produto bastante disputado na alta gastronomia e em pratos da culinária regional. Um dos raros produtores é Gilberto Vilhena Freitas, da Fazenda São Vicente, em Paraibuna (SP). "Quando criança, meus pais plantavam mangarito para o consumo da família. Só depois de 38 anos consegui as sementes e retomei o contato com o tubérculo", conta Vilhena. "Comercialmente é uma lavoura difícil, pois leva nove meses para produzir e exige irrigação, adubação de cobertura a cada três meses e capina mensal."

 

Para diminuir custos, Vilhena usa cobertura vegetal, que nutre a planta e mantém a umidade, além de reduzir à metade a necessidade de limpeza.

 

Por problemas com as sementes, Vilhena deve produzir esta safra, que começou em maio, apenas 500 quilos do tubérculo. Para o ano que vem, porém, a projeção é aumentar a produção para 2 mil quilos, em 3 mil metros quadrados. "Cada pé chega a dar 1,7 quilo."

 

O plantio ocorre em setembro e a colheita é feita em maio, quando as folhas começam a amarelar. "A terra precisa ser mais arenosa, pois exige bastante umidade", diz o produtor.

 

O mangarito é consumido cozido, como se faz com o pinhão. Mas pode ser usado em pratos como o nhoque e galinha caipira, além de bolos e pães. Antigamente, era comum consumir o mangarito no café da manhã.

 

Toda a produção de Vilhena vai para o pioneiro no plantio comercial do mangarito no País: João Lino Vieira, que por sua vez repassa a produção a restaurantes da alta gastronomia paulistana. Foi exatamente a dona de um desses restaurantes, a chef Mara Salles, que descobriu Vilhena e o indicou para Lino. Vilhena vende o quilo à média de R$ 10.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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