Com veto, apenas um remédio será vendido

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Se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidir realmente proibir a venda da sibutramina e dos derivados de anfetamina, a única droga contra a obesidade que continuará liberada será o orlistate (princípio ativo do Xenical), que atua no intestino e não no cérebro.

 

Endocrinologistas afirmam que, com o veto, sobrarão poucas alternativas para tratar a obesidade, já que não há perspectivas de lançamento de novos remédios nessa área nos próximos três ou quatro anos.

 

Para especialistas, com a retirada desses emagrecedores do mercado, o tratamento ficará mais caro. Remédios à base de orlistate custam hoje, em média, de R$ 180 a R$ 250 por mês, contra R$ 30 da sibutramina. Além disso, afirmam, os pacientes acabarão procurando remédios fitoterápicos e terapias alternativas, que, muitas vezes, não têm comprovação científica.

 

Outros métodos. No Brasil, pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40 - ou de 35, se houver complicações como diabete, hipertensão ou doença cardiovascular - podem se submeter à cirurgia bariátrica, que promove a redução do estômago. Mesmo com medicamentos disponíveis, o número de procedimentos subiu 500% na última década, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Passou de 5 mil, em 1999, para 30 mil, em 2009.

 

Para quem luta contra a obesidade, restará a tradicional receita de dieta associada a exercícios físicos - opção normalmente tentada inúmeras vezes por pacientes que precisam perder peso.

 

Topo do ranking. Em 2006, a Organização das Nações Unidas indicou o Brasil como o maior consumidor do mundo de anfetaminas com fins emagrecedores. Em 2010, relatório da Anvisa colocou o Estado de São Paulo como o principal consumidor do País de anfepramona, um derivado da anfetamina.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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