Presente na maioria das pequenas propriedades rurais, a pecuária leiteira não se sustenta por si só se não estiver amparada por técnicas adequadas. É o que afirma o coordenador da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), João Brunelli, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.
Por isso o órgão criou, há quatro anos, um programa específico, denominado Cati Leite, para levar a essas propriedades o conhecimento necessário para tornar a atividade sustentável. Brunelli diz que, para romper a resistência dos pecuaristas, habituados a produzir nem sempre com as melhores técnicas, o programa trabalha passo a passo com o ganho financeiro que cada melhoria traz.
De uma vez. "Não adianta diagnosticar todos os erros da propriedade e tentar corrigi-los de uma vez. Isso demanda investimento, algo que, de início, esses produtores não querem e nem podem fazer." Atualmente, o Cati Leite atende 800 produtores, com 22 mil animais.
Brunelli conta que a intenção do programa é tornar o Estado um grande produtor de leite, já que hoje, para atender o consumo, São Paulo importa leite de outros Estados.
Outro programa oficial que tem sido bastante difundido no País é o Balde Cheio, idealizado na Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP). Até dezembro do ano passado, o programa havia atendido 3.200 pecuaristas em 22 Estados. Para participar do Cati Leite, o produtor deve procurar a Casa da Agricultura da região. Para se informar sobre o Balde Cheio, o telefone é (0--16) 3411-5600.
Veículo: O Estado de S.Paulo