Indústrias mineiras já controlam os estoques

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As indústrias do setor de calçados em Minas Gerais ainda não verificaram elevação nos estoques de produtos, conforme o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados no Estado de Minas Gerais (Sindicalçados-MG), Luiz Raul Aleixo Barcelos. "A produção é feita à base de pedidos e, por isso, não houve estoque", disse.

 

Além disso, conforme Barcelos, o perfil do setor no Estado é formado por empresas de pequeno e médio portes. Em Minas Gerais estão instaladas aproximadamente 800 estabelecimentos calçadistas, de acordo com as informações da entidade.

 

O presidente do Sindicalçados ainda informou que a crise financeira não impactou o setor em Minas Gerais. "Os pedidos para este ano já foram fechados", informou Barcelos. Segundo ele, o crescimento este ano será de 5% na comparação com o exercício passado.

 

Apesar disso, os reflexos da instabilidade no mercado internacional são esperados para o próximo ano. "O consumidor deverá reduzir as compras a partir de janeiro", disse. Para ele os negócios do setor em 2009 deverão se manter no mesmo patamar do atual exercício.

 

Papel - Os estoques de produtos da indústria de papel e celulose em Minas Gerais estão em elevação, conforme informou o presidente do Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel e Papelão no Estado de Minas Gerais (Sinpapel), Antônio Eduardo Baggio. A tendência foi apontada pela Sondagem Industrial da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), divulgado nesta semana.

 

O cenário é atribuído à retração da demanda. Apesar de ainda não registrarem elevações nos estoques, alguns setores ouvidos pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO estão produzindo apenas para atender contratos já fechados em virtude das incertezas do mercado para o próximo ano.

 

De acordo com Baggio, o agravamento crise no sistema financeiro internacional neste mês retraiu o consumo de papel. "Com isso, a oferta está acima da demanda elevando os estoques das empresas", disse.

 

Ele ainda informou que com o cenário negativo devido à falta de liquidez as empresas estão adiando os investimentos previstos para o Estado. Entre elas está a Aracruz Celulose, que desistiu do projeto de instalar duas fábricas em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Os aportes totalizariam US$ 5 bilhões.

 

A sondagem da CNI apontou que a dificuldade é verificada, principalmente, nas empresas de grande porte. Entre os setores que apresentaram o problema em todo o país estão o de papel e celulose e Calçados.

 

Gusa - O setor guseiro também está com os estoques estabilizados, conforme o presidente do (Sindfer-MG), Paulino Cícero de Vasconcelos. De acordo com ele, as siderúrgicas estão produzindo os contratos negociados em julho e agosto.

 

Conforme o dirigente, é verificado uma retração nos negócios para janeiro. Apesar disso, segundo o presidente, algumas empresas deverão conceder férias coletivas e paralisar a produção.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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