Diante da fragilidade do grupo francês Carrefour, por conta das notícias de venda de partes da empresa para alavancar seu caixa, e das disputas internas no grupo Pão de Açúcar, o grupo norte-americano Walmart resolveu brigar por espaço territorial no Brasil e mostrar que está de olho na segunda posição do setor supermercadista.
Para fazer frente aos franceses no País, a companhia estuda a expansão nas Regiões Sul e Nordeste por meio da bandeira TodoDia , para concorrer diretamente com a marca Dia, que acaba de realizar uma cisão com o Carrefour. Ambas têm foco nas classes C e D, que tiveram ascensão no País, avaliam analistas da área.
O plano é confirmado pelo presidente da subsidiária do Walmart no Brasil, Marcos Samaha, que ressalta o aporte de R$ 1,2 bilhão para os novos pontos de vendas. "Ano passado inauguramos 45 lojas. Este ano vamos dobrar esse número", explica. Samaha reitera que não descarta novas aquisições. "Recentemente adquirimos a rede Massmart, na África do Sul, para ganhar fôlego na região. Esse continente é uma das nossas metas de expansão mundial, como Brasil e China." O grupo Walmart ainda é um dos fortes conglomerados cotados pelo mercado varejista para disputar com o empresário Abílio Diniz, sócio do Grupo Pão de Açúcar (GPA), uma fatia do Carrefour no País - ou, agora, da rede Dia, que acaba de ser separada do Carrefour. Mário Nogueira, da Demarest e Almeida Advogados, acredita que "a união entre o GPA e o varejista francês deve gerar uma série de problemas no Cade, pois as lojas das duas redes se encontram muito próximas".
Veículo: DCI