Devido à falta de funcionários, loja ficou com as portas fechadas durante a manhã; com lojas vendidas, meta é acabar com estoques
Promoção de 30% a 60% nos preços de eletrônicos, eletrodomésticos e móveis, anunciada no domingo à noite por Silvio Santos em seu programa, provocou longas filas e reclamação dos consumidores na porta das lojas do Baú, em São Paulo.
Ontem, por volta das 11h na loja da rua Direita (região central da capital paulista), por exemplo, mais de 300 clientes enfrentavam frio e uma espera de duas horas para entrar na loja.
O Grupo Silvio Santos quer acabar com os estoques das lojas do Baú, que foram vendidas por R$ 83 milhões para a rede Magazine Luiza em junho.
Mais de 500 itens foram postos em promoção. Quem mostrasse preços mais baratos da concorrência ganhava ainda desconto de 10%. Por conta da falta de funcionários para atendimento, a loja ficou com as portas fechadas durante a manhã.
Em média, a cada 20 minutos, um funcionário do Baú saia de uma pequena porta e colocava um grupo de cinco clientes para dentro, enquanto o resto esperava fora.
O esquema adotado pelos lojistas, no entanto, provocou discussão entre quem esperava na rua.
Sem lugar determinado, idosos e gestantes se espremiam com os demais na esperança de ainda encontrar algum produto na loja. "Eles não têm vendedores suficientes, por isso fecham as portas e deixam a gente no frio. Além disso, está todo mundo furando a fila", disse Ortência Araújo, de 71 anos.
Veículo: Folha de S.Paulo