Sem Perdigão, BRF lança queijo Sadia

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Empresa corre para distribuir linha de lácteo

 

Nem bem saiu a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizando a fusão da Perdigão e Sadia, e a dona das marcas, a BR Foods, já reage.

 

Uma das exigências foi que a marca Perdigão deixe de circular em várias categorias de produtos por até cinco anos. A BR Foods nunca quis abrir mão da Perdigão, então, agora, vai ter de limitar sua presença na gôndola.

 

Em compensação, a joia da coroa, que é a marca Sadia, segue intacta. E, mais do que isso, ganha uma força, com uma nova linha de lácteos. Chega hoje aos supermercados uma linha de queijos, entre as variedades clássicas de prato e mussarela, com a marca Sadia.

 

Como brinca um executivo da companhia: "Já que somos líderes em presunto, faz todo o sentido também estar no segmento de queijos com a marca Sadia. Queremos ser os reis do misto-quente".

 

A aprovação da fusão com restrições fará a BR Foods arcar com um custo bem maior do que esperava quando encaminhou o pedido ao Cade, como reconhecem seus executivos. A expectativa era que o processo fosse mais rápido e sem tantas restrições.

 

Para atender às determinações do órgão antitruste, a empresa terá de se desfazer de cerca de R$ 3 bilhões do faturamento anual que gira em torno de R$ 26 bilhões. Além de marcas, terá que vender fábricas.

 

O acordo prevê a suspensão da Perdigão por três anos em mercados de maior concentração como presunto, suínos, lombo congelado, palheta, pernil, presunto tender, linguiça, paio, entre outros. A marca não poderá embalar a linha de salames por um período de quatro anos e, por cinco anos, não pode ser usada em lasanhas, pizzas congeladas e almôndegas.

 

Mas não só. A BR Foods não poderá usar marca Batavo no processamento de carnes e terá de vender fábricas e as marcas Rezende e Confiança.

 

Para dirigente da empresa, as medidas abrem brecha para a entrada de um competidor. "Viramos bode expiatório, estão festejando a fusão da Sadia/Perdigão como o maior caso da história do Cade", diz. "O mercado de alimentos sempre foi muito competitivo e não era necessário medida tão dura."

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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