Walmart afirma que vai manter foco em hipermercados no Brasil

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Maior varejista do mundo não comenta fracasso de união entre Pão de Açúcar e Carrefour

 

Presidente da rede norte-americana no país diz que o projeto inclui a abertura de 80 lojas até dezembro

 

O Walmart, terceira maior rede de supermercados do Brasil, vai manter no país a aposta no modelo de hipermercados, criticado por varejistas de todo o mundo, para ampliar seus negócios.

 

A visão do grupo Walmart é similar a do empresário Abilio Diniz, que tentou viabilizar a compra do Carrefour, mas foi bombardeado pelo sócio francês Casino, com quem divide o comando do Pão de Açúcar.

 

O principal motivo para o Casino recusar o negócio foi a aposta do Carrefour nos hipermercados. O grupo Casino e a própria matriz do Walmart, em sua convenção anual nos EUA, acreditam que a tendência dos supermercados é atender o consumidor local com lojas cada vez menores e horários flexíveis.
"Abrimos hipermercados no passado, continuamos abrindo e vamos abrir no futuro. Estamos felizes com nosso modelo, em que o consumidor pode encontrar tudo em um mesmo lugar", disse Marcos Samaha, presidente do Walmart no Brasil.

 

Na semana passada, Abilio reagiu a críticas do Casino, que, ao contrário do empresário, acredita na tendência de pontos de venda cada vez menores para atender melhor os consumidores.
Chegou a afirmar que Casino e Carrefour nunca souberam fazer direito hipermercado e que o Pão de Açúcar havia até emprestado um executivo para ensinar a rede francesa a reorganizar esse modelo de negócios.
Até o fim do ano, o Walmart abrirá 80 lojas de formatos variados, como parte do investimento de R$ 1,2 bilhão anunciado em maio.

 

A aposta do Walmart no formato de hipermercado reforça os rumores de que a rede americana teria feito uma nova proposta para comprar o Carrefour. Em 2009, o Walmart quase comprou o hipermercadista francês.

 

Samaha preferiu não falar ontem sobre o fracasso da tentativa de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour. Também não comentou a possibilidade de adquirir o Carrefour, alegando seguir orientação da matriz de não falar sobre especulações.
Apesar de não fazer referência direta ao Carrefour, Samaha deu a entender que o negócio com a rede francesa só valeria a pena se tiver um preço adequado -o Carrefour foi avaliado perto de R$ 8 bilhões na fusão com o Pão de Açúcar. "Uma aquisição para que valha a pena deve agregar valor suficiente para que justifique o preço que você está pagando", disse.

 

Comentou que o grupo está focado no crescimento de lojas e deve chegar a 550 pontos de venda até dezembro.
"Fizemos duas aquisições bem-sucedidas em 2004 e 2005, do ponto de vista estratégico, geográfico e financeiro", disse. "Outras aquisições desse tipo podem ser estudadas no futuro."

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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