Brinquedos ganham com emergentes

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Os filmes campeões de bilheteria com freqüência são os maiores contribuintes para os resultados das fabricantes de brinquedos, mas a grande história recente das americanas Mattel Inc. e Hasbro Inc. está sendo o impulso que estão recebendo das vendas internacionais.

 

As duas empresas estão registrando um rápido crescimento no exterior, especialmente nos mercados emergentes. As vendas globais estão ajudando a Mattel, a maior fabricante de brinquedos do mundo por receita, e a Hasbro, a número dois, a compensar a contínua fraqueza no mercado americano.

 

A Hasbro informou ontem que suas vendas internacionais cresceram 43%, para US$ 374,5 milhões, em comparação com um aumento de apenas 14% nas vendas nos EUA e Canadá, para US$ 505 milhões. As vendas internacionais superaram as dos EUA e Canadá pela primeira vez no quarto trimestre. A Hasbro prevê que em breve as vendas nos mercados internacionais poderiam ter um papel preponderante de forma consistente. "Nos EUA, estamos há dois anos em uma recessão, o desemprego continua subindo, o subemprego está aumentando, os preços das casas ainda estão despencando", diz o diretor de operações da Hasbro, David Hargreaves. Por outro lado, "os mercados internacionais contam com várias economias -Brasil, Rússia, China - que continuam avançando", diz.

 

O lucro da Hasbro subiu no último trimestre para US$ 58,1 milhões, frente a US$ 43,6 milhões um ano antes, graças a um empurrão dado por "Transformers: o lado oculto da lua". O filme ajudou a receita a quase dobrar na categoria de meninos, compensando declínios de dois dígitos percentuais nas divisões de jogos, quebra-cabeças, meninas e pré-escolar.

 

A rival Mattel informou na sexta-feira que os produtos ligados a "Carros 2" elevaram seu lucro no segundo trimestre,para US$ 80,5 milhões, comparado com US$ 51,6 milhões um ano antes. A empresa enfatizou o sucesso da franquia em mercados de todo o mundo.

 

Tanto a Hasbro quanto a Mattel vêm aproveitando cada vez mais o tônico do dólar fraco, o que tem contribuído vários pontos percentuais para o crescimento recente. Mas, na mesma medida em que a diferença cambial tem trazido grandes benefícios, os efeitos negativos podem apresentar desafios se o dólar voltar a se fortalecer.

 

O dinheiro movimentado no exterior também precisa ser repatriado para ajudar a financiar os dividendos e as recompras de ações. Mas as repatriações são fortemente tributadas, o que tem levado muitas empresas a pedir ao governo americano um perdão de impostos de repatriação, como o concedido alguns anos atrás.

 

O diretor financeiro da Mattel, Kevin Farr, disse na sexta-feira que aproveitou o perdão fiscal passado, em 2005, e consideraria repatriar dinheiro estacionado no exterior se outro perdão for autorizado.

 

Veículo: Valor Econômico


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