Norma de segurança dá novo fôlego ao setor nacional de panificação

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A norma NR-12, que se refere à segurança do operador de máquinas e equipamentos de panificadoras, pode dar um novo fôlego para indústria de panificação nacional diante da concorrência com a China. Isso porque os chineses estão com dificuldade de se adaptar às novas normas, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos de Panificação (Abiepan), Paulo Cavalcante.

 

Até junho muitas das exigências ficavam na responsabilidade do dono da padaria. "Mas depois do estabelecimento da NR-12, há menos de um mês em vigor, muitas das obrigações já dizem respeito aos fabricantes de máquinas e equipamentos", explica. Segundo Cavalcante, a indústria nacional já está em plena fase de adaptação. "Mas a China não vai querer investir em novas tecnologias só para atender a exigências das normas brasileiras", acrescenta.

 

Apesar disso, o presidente da entidade não acredita que esta será a salvação para o setor, que terá de investir nessas adaptações. Ele afirma que é mais que necessária uma política industrial com menos oneração de impostos, e, principalmente, um novo regime cambial, pois as taxas de câmbio são excessivamente altas, o que praticamente deixa a indústria sem condições de concorrer com o mercado externo. "Concorrer com qualquer produto importado já é difícil, com a China, então, é desonesto, desleal. As taxas de câmbio são altíssimas, não conseguimos competir com os preços praticados pelos chineses", desabafa.

 

Muitos fabricantes nacionais importam partes, peças e acessórios de máquinas e equipamentos, e esses serão os que mais sofrerão com a adaptação das normas da NR-12. Para eles, segundo Cavalcante, todo cuidado é pouco, pois qualquer máquina fora de padrão receberá multas pesadas. "Para a adaptação das máquinas, os fabricantes deverão investir em engenharia, o que elevará os custos ainda mais. Além disso, ter acesso ao projeto da máquina importada em mãos é difícil se o produto é chinês. E só com base no projeto o engenheiro consegue fazer o diagnóstico para fazer as alterações", finalizou.

 


Veículo: DCI


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