Farinha alagoana ocupará prateleira de supermercados

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Uma articulação entre o Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e do Governo de Alagoas, por intermédio da Secretaria da Agricultura, vai possibilitar que a farinha de mandioca produzida pelos agricultores familiares no Agreste alagoano, que só era encontrada nas sacas de 50 quilos das feiras livres, passe a ocupar espaço nas prateleiras das redes de supermercados do Estado de Alagoas.

 

O primeiro lote de farinha a ser comercializado em supermercados tem 12,5 mil quilos e já está pronto e embalado. Quem garante é o presidente da Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro), Evaldo Pereira. A Cooperagro é a primeira entidade representativa da agricultura familiar a aderir ao programa. O convênio com o MDA e os supermercados será firmado nesta segunda-feira (25), durante visita da presidenta Dilma Rousseff a Alagoas.

 

A solenidade será realizada em Arapiraca, onde a Cooperagro, junto com a presidenta Dilma Rousseff, deverá apresentar o processo industrial de embalagem da farinha que será comercializada nos supermercados . “Nós já vendemos farinha para o governo federal, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e participamos da formação dos estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Agora, graças ao programa Brasil sem Miséria, a farinha alagoana vai passar a ser vendida nos supermercados, agregando valor à produção dos pequenos agricultores”, comemora o gerente de Negócios da Cooperagro, Eloísio Lopes Júnior.

 

A farinha de mandioca será o carro-chefe do programa, mas, segundo Eloísio, a iniciativa pretende inserir outros podutos da agricultura familiar no mercado varejista de Alagoas. “Isso representa um processo de abertura de mercado de um produto genuinamente alagoano nas grande redes de supermercados”,diz.

 

De acordo com Eloísio, a medida terá um impacto fundamental tanto para os produtores familiares da mandioca, como para os consumidores alagoanos, que terão a oportunidade de adquirir e valorizar a produção local, melhorando a renda dos agricultores alagoanos. “A cooperação vai possibilitar ainda a regulação do estoque e do capital, dando, com isso, uma nova dinâmica nos negócios”, atesta o gerente de Negócios da Cooperagro.

 

A medida vai beneficiar diretamente, pela média de compra, em torno de três sacas por agricultor na sua produção semanal. De acordo com dados da Cooperagro, a produção anual por agricultor na região chega a 100 sacas. “Nos próximos doze meses, o valor gerado com a medida adotada pelo governo será da ordem de R$ 13 mil por semana. Nossa expectativa é de que haverá um crescimento por conta da qualidade do produto da agricultura familiar no mercado varejista”, explica.

 

A Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro) conta atualmente com a participação de 207 agricultores familiares dos municípios de Arapiraca, São Braz, Olho D’Água Grande, São Sebastião, Feira Grande, Lagoa da Canoa e Girau do Ponciano, onde a produtividade varia de 7 a 8 mil kg de mandioca por hectare, chegando a 18 mil em algumas regiões, dependendo das condições do solo.

 

A farinha é produzida em mais de 400 casas de farinha comunitárias que foram revitalizadas com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Este trabalho que a presidenta Dilma vai apresentar ao Brasil durante sua visita a Arapiraca deverá estar em pleno funcionamento em um mês e consolida um empreendimento da agricultura familiar que vai viabilizar o trabalho das cooperativas regionais, garantindo renda e trabalho para os agricultores”, afirma a delegada do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Alagoas, Sandra Lúcia dos Santos Lira.

 

A ação tem o apoio do Programa Brasil sem Miséria, do governo federal, e faz parte de uma articulação coordenada por uma série de parceiros, entre eles o governo do Estado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Sebrae/AL e o Arranjo Produtivo Local (APL) de Mandioca no Agreste.

 


Veículo: Agência Alagoas


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