Marca forte do atacado de alimentos orgânicos, a Korin começou a atuar com franchising, passando a disputar espaço com a Mundo Verde, que mantém 183 franquias especializadas em bem-estar e alimentação saudável. Companhia japonesa cujo faturamento anual chega a R$ 50 milhões, a Korin aderiu ao modelo de negócios com meta de abrir três lojas em 2011 e 20 lojas por ano a partir de 2012. O coordenador de Varejo da empresa, Jair Alves, disse que a abertura de um ponto de venda da Korin custa R$ 360 mil, incluídos os gastos com a montagem e a garantia de estoque.
"Nosso objetivo, com isso, é disponibilizar alimentos orgânicos diretamente ao consumidor, com preços baixos", declarou o executivo ao DCI.
A Korin está sendo introduzida à Associação Brasileira de Franchising (ABF) e já dispõe de uma franquia que opera em Natal (RN). Outras três unidades da marca estão sendo desenvolvidas no Rio de Janeiro e em Brasília, com um faturamento estimado em R$ 100 mil mensais.
A companhia também conta com uma loja própria na Vila Mariana, zona sul da capital paulista, onde oferece produtos exclusivos, como café orgânico. Além disso, fornece alimentos sem agrotóxicos a grandes redes varejistas, como o Pão de Açúcar, que mensalmente faz encomendas milionárias à Korin. O produto mais requisitado é o frango "verde".
Os representantes da empresa participaram ontem da 7ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, num dos pavilhões do Parque do Ibirapuera. O maior expositor do evento era justamente o Pão de Açúcar, o maior comprador de produtos da Korin - cerca de 200 unidades da rede gastam, cada uma, de R$ 5 a R$ 10 mil mensais com as encomendas.
A gerente de Orgânicos do supermercado, Sandra Sabóia, acha este número pequeno. "Tudo o que for possível trocarmos do convencional para o orgânico, nós o faremos", afirmou. "Mas não se pode fazer isso com tudo." Um dos motivos é o preço dos produtos, mais alto na categoria que não leva agrotóxicos.
É por isso que, de acordo com Sandra, os clientes do Pão de Açúcar que possuem o Cartão Mais "penetram muito mais nos produtos orgânicos". Segundo ela, "55% dos clientes Mais levam para casa este tipo de alimento." Tais consumidores gozam de maior poder aquisitivo.
Veículo: DCI