Tempo seco favorece colheita de feijão e cebola e de outras frutíferas, como morango e laranja
Em julho, predominou tempo seco com baixa umidade do ar em São Paulo. Nesta última semana, uma frente fria provocou chuva em algumas localidades. Foram registrados 19 milímetros em Presidente Prudente, 12 milímetros em Iguape e 10 milímetros em Sorocaba. As temperaturas oscilaram entre 28 e 30 graus, atingindo 34,2 graus em Ilha Solteira e 32,8 graus em Presidente Prudente e Barretos.
A demanda hídrica foi a mais alta desde o início do inverno, com a taxa de evapotranspiração média diária de 2,3 milímetros. A umidade do solo continuou em queda, atingindo 12% em Votuporanga e Barretos. Nessas localidades não chove há 40 dias e é necessário o uso de irrigação para as frutíferas e hortaliças. A taxa de crescimento e desenvolvimento da cana-de-açúcar que vai ser colhida no segundo semestre também diminuiu.
Fogo. As pastagens para alimentação do gado também escassearam. Com a vegetação mais seca, é alto o risco de queimadas nos campos e os produtores precisam ficam atentos.
O tempo seco favorece a colheita e o transporte da laranja, entretanto a baixa disponibilidade hídrica do solo em Jaboticabal, São José do Rio Preto e Pirassununga aceleram a maturação dos frutos, reduzindo seu tamanho, o que pode reduzir o valor de mercado para o consumo in natura.
Em Vargem Grande do Sul os produtores de batata da safra de inverno aproveitam o tempo seco para o início da colheita, que deve se intensificar em agosto e setembro. Com as chuvas em excesso no período de plantio, os produtores não conseguiram plantar toda a área destinada do tubérculo e a safra este ano deve ser menor que a safra anterior.
Em Sumaré, os produtores de tomate estão finalizando a colheita. As baixas temperaturas observadas em junho retardaram a maturação dos frutos diminuindo a oferta e mantendo os preços em alta para o consumidor.
O tempo seco favorece as atividades de colheita da uva em Jales. Os frutos são de boa qualidade e a safra vai ser maior que a safra anterior.
Segue a colheita do algodão no Estado. Os preços pagos aos produtores estão em baixa, o que tem desestimulado os agricultores, que provavelmente devem reduzir a área plantada na próxima safra.
Quem planta o feijão segunda safra está aproveitando o tempo bom para as atividades de colheita. Em Jundiaí, Monte Alegre do Sul e Jarinu, prossegue a colheita do morango e a da cebola em Piedade e Sorocaba. Em Jardinópolis e Ribeirão Preto, o florescimento dos pomares de manga pode ter sido afetado pela falta de chuva, podendo elevar o índice de abortamento das flores.
Veículo: O Estado de S.Paulo