Vice francês do Carrefour perde cargo e Casino é acusado de manobra ilegal

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Afetado pela reincidência de alertas de lucro e pelo aparente fracasso da fusão com o Grupo Pão de Açúcar (GPA), o Carrefour retirou do cargo o seu vice-presidente Financeiro, Pierre Bouchut, que a partir de novembro deve assumir a diretoria de mercados emergentes da companhia francesa. Para substituí-lo, a varejista líder da Europa contratou o ex-vice presidente de Ginanças da Phillips Pierre-Jean Sivignon.

 

A cúpula do Carrefour passa por um momento delicado na França, onde mobiliza esforços para reestruturar suas operações e trazer de volta a confiança dos investidores. Em julho, as ações do grupo caíram ao menor nível em dois anos, depois que a empresa projetou uma queda de 23% para o resultado semestral - que será divulgado no dia 31 de agosto.

 

A projeção negativa se deu em função do aumento de preços que o Carrefour promoveu no início deste ano - antes que os concorrentes fizessem o mesmo -, o que afetou o volume de vendas no varejo. Segundo a declaração de um porta-voz à agência de notícias Reuters, a companhia francesa está entrando "numa nova fase de seu plano de reformulação", com a entrada de Sivignon, o novo presidente da área de finanças do grupo.

 

Enquanto isso, no Brasil

 

O Casino, arquirrival do Carrefour na França e sócio de Abílio Diniz no Grupo Pão de Açúcar (GPA), se defende (nega) a acusação de que teria comprado ações da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD) - razão social do GPA - em momentos de vedação. O bloqueio à aquisição de papéis da rede ocorreu durante a negociação de fusão do supermercado nacional com o Carrefour.

 

Quem acusou o grupo Casino de burlar a vedação foi a Rio Bravo Investimentos, que tem um sócio ligado ao conselho de administração do Pão de Açúcar. Um membro da empresa entrou com uma reclamação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contestando as aquisições que o Casino efetivamente realizou no mercado .

 

"Temos um e-mail formalizando o bloqueio do nosso sócio. Se o nosso sócio estava bloqueado, todo mundo deveria estar bloqueado, incluindo o Casino", defendeu o diretor de renda variável da Rio Bravo, Rafael Rodrigues, o autor da reclamação. Em resposta, a companhia divulgou: "O Casino reforça que nunca fez aquisições em momentos de vedação".

 

Veículo: DCI


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