Os brasileiros têm comprado até 20% mais roupas em hipermercado, seguindo um modelo comum nos Estados Unidos e na Europa. As maiores redes do segmento no País - Extra, Walmart e Carrefour - viram o filão, e mantêm equipes exclusivas para pesquisar tendências de moda e desenvolver coleções de marca própria. O Grupo Pão de Açúcar (GPA), por exemplo, espera que a atividade comercial na área têxtil do Extra cresça 25% no próximo Dia dos Pais, diz a gerente de Desenvolvimento Têxtil, Andrea Gouvea. Ela coordena uma equipe de 33 pessoas, entre estilistas, pesquisadores e afins. "Muitas vezes, a gente começa a trabalhar as coleções com um ano de antecedência", declara.
Para o diretor Comercial do Walmart, Cesar Roxo, é preciso ficar atento ao mercado lá fora, que dita tendências: "Em mercados mais maduros, como os EUA, a venda [de peças] é três a quatro vezes maior". Ainda assim, o Walmart Brasil projeta crescimento anual de 10% a 15% do comércio de roupas, e ostenta cinco selos próprios. Ainda mantém cerca de 60 profissionais na área de pesquisa de moda. Já no Carrefour, a linha Tex representa 80% das roupas da rede, que realiza pesquisas internacionais para desenvolver seu próprio portfólio.
Veículo: DCI