Torrefadora tradicional em Minas deixa de lado velhos hábitos e inova ao lançar o café torrado e moído em sachê, que pode ser preparado diretamente na xícara
A moda do capuccino chegou ao velho e bom cafezinho, agora também disponível em sachê para consumo individual. A sacada foi da empresa Café Fazenda Caeté, em Campo Belo, no Sul de Minas. Lançado em maio, o café torrado e moído em sachê pode ser preparado diretamente na xícara, em infusão com água em ponto de ebulição, como se fosse um chá.
O produto, que une inovação e praticidade, é resultado de um projeto iniciado há três anos, quando a torrefadora Café Fazenda Caeté foi adquirida pelo cafeicultor Antônio Costa, em parceria com o filho Fernando Costa e o executivo Carlos Richard Carvalhaes. Segundo o diretor comercial Fernando Costa, naquela época estava inviável manter a atividade cafeeira com a saca a R$ 230. Foi então que decidiram apostar em algo novo.
A torrefação começou em janeiro de 2010, depois da aquisição de novos equipamentos. Entre importação de maquinário, treinamento de colaboradores e marketing, o investimento foi da ordem de R$ 4 milhões nos últimos três anos.
Hoje, são produzidos 1 milhão de sachês por turno no parque industrial, em Campo Belo. A empresa tem outras duas fazendas no município de Cristais, também no Sul do estado. Todas os produtos são feitos com grãos cultivados nas próprias fazendas. “Isso significa uma exclusividade dos grãos produzidos e, consequentemente, uma maior sofisticação do produto levado aos consumidores”, destaca Fernando.
A lavoura também vem recebendo investimentos. “Queremos aumentar a produção de cafés superiores e gourmet, tanto que vamos implantar um programa de certificação, definir métodos de trabalho, enfim, explorar ao máximo as características peculiares das nossas lavouras.”
A empresa conta com 30 funcionários, responsáveis pela produção dos cafés tradicional, superior, expresso (comercializado com torra média ou escura), gourmet e individual, este último vendido em caixas com 25 sachês de cinco gramas cada, no valor médio de R$ 13.
Segundo Fernando Costa, em poucos meses o produto será comercializado em todo o país, ampliando a área de atuação que hoje corresponde ao Centro-Oeste do estado e a Belo Horizonte. Também já há interesse em exportação. “Recebemos propostas para vender o café em sachê em outros mercados”, adianta o diretor comercial, que quer priorizar a consolidação da marca e do produto inovador.
Veículo: O Estado de Minas