A Kodak e a Fujifilm, tradicionais fabricantes de filmes fotográficos, lutam para sobreviver no mundo digital. Ambas tiveram de mudar suas estratégias para se manter firmes na era da câmera digital e dos celulares, que já estão totalmente conectados com a Internet.
Com uma planta em Manaus, a Kodak do Brasil quer oferecer ao consumidor produtos que vão da captura da imagem à impressão gráfica. As câmeras devem atingir principalmente os consumidores das classes B e C, com preços acessíveis. "Quatro de cada 10 lares brasileiros já tem uma câmera digital. Por isso apostamos nos mercados emergentes onde o hábito de tirar fotos é maior", afirma o diretor-geral da Kodak do Brasil, Emerson Stein.
Os negócios digitais da companhia cresceram 22%, cerca de US$ 33 milhões a mais no segundo trimestre de 2011, liderados por um aumento de 48% com as impressões digitais para consumidores. É estimado um crescimento de dois dígitos no faturamento da companhia, que atingiu a marca global de US$ 7,18 bilhões em 2010.
Segundo o diretor da Kodak, antigamente eram consumidos cerca de dois rolos de filme por ano e, hoje são capturadas em torno de 560 fotos digitais por ano, o que representaria cerca de 23 filmes por ano. Nos EUA e na Europa 20% dos consumidores imprimem fotos, enquanto no Brasil esse número está em 12,5%, abrindo espaço para o crescimento da marca, que tem na impressão 70% da receita. No País 65% da impressão das imagens digitais é realizada no varejo, por isso a Kodak está lançando um equipamento que vai estimular o mercado gráfico, segundo Stein. O executivo diz que a máquina capaz de imprimir fotos, calendários, convites, postais, entre outros, terá um custo entre US$ 300 mil a US$ 1 milhão.
Além disso, será instalada uma nova planta em Manaus para a produção de chapas de pré-impressão. "Produzimos ainda papéis para impressão que são exportados para a América Latina, com destaque para a Argentina", acrescenta Stein.
Já a Fujifilm corre por fora e já detém cerca de 10% de participação no mercado brasileiro de câmeras. Segundo o gerente nacional de Marketing e Vendas, Sérgio Takayama, deve ser iniciada a produção de seis novas linhas de câmeras digitais em Manaus até o fim do ano. A prioridade é o segmento premium. Segundo o executivo, o Brasil é o 6º maior mercado no mundo para a corporação e deve crescer 15% em volume. A expectativa da companhia é atingir 17,5% de participação no mercado em dois anos.
Veículo: DCI