O Royal Palm Hotels & Resorts, de Campinas (SP), passou a economizar cerca de 30 mil litros de água por mês na limpeza da cozinha com uma iniciativa simples: substituiu água e sabão por um produto à base de enzima que dispensa o uso de água. Trata-se do Wash'N Walk, fabricado pela Ecolab Química, multinacional americana com atuação em 150 países, dos quais 50 contam com uma unidade fabril e faturamento mundial de US$ 7 bilhões.
O produto foi desenvolvido para atender as demandas de estabelecimentos comerciais, como hotéis, supermercados e grandes restaurantes, em que os gastos com serviço de lavagem de pisos são elevados. Além da abundância de água, essa operação exige tempo e mão de obra. A fórmula do Wash'NWalk é à base de enzimas que consomem toda a sujeira e gordura do piso e que continuam agindo até os rejuntes do piso retornarem à cor original após a umidade.
"Basta instalar um dosador para o produto no refeitório ou na cozinha", explica o diretor da divisão institucional da Ecolab Química do Brasil, Nilton Rezende. Além de proporcionar limpeza e menor consumo de água, o produto possibilita economia de tempo, já que não é permitido o enxágue. As vendas do produto, segundo ele, crescem três vezes mais do que a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
"Enquanto o PIB cresce 4%, as vendas aumentam 12% e a expectativa é elevar esse porcentual para 18%", calcula o diretor. Enquanto os produtos de limpeza convencionais custam em média R$ 3,00 o litro, o Wash'N Walk custa R$ 50,00 o litro. "Só que com um litro é possível fazer o equivalente a mil litros, o que dá na verdade R$ 0,50 por litro", compara. Além disso, é possível controlar melhor o uso do produto pelos funcionários. "Não tem como errar na dosagem e desperdiçar produto porque é só apertar um botão", ressalta.
Para o diretor, o fator custo é o que mais pesa na mudança de hábito dos estabelecimentos comerciais. A empresa dispõe de 500 técnicos para fazer visitas de apresentação aos clientes no Brasil e o convencimento é feito a partir dos dados econômicos. "Há um apelo de sustentabilidade, mas a sedução ocorre mesmo pelo baixo custo", afirma. A empresa, segundo ele, tem investido em tecnologia e planeja no médio prazo transformar a linha de produtos líquidos em sólido para dispensar também o uso de embalagens.
Veículo: Valor Econômico