Dia das Crianças impulsiona vendas

Leia em 4min

Data é tradicionalmente vista pelos lojistas como uma prévia do desempenho do comércio para o Natal.


 
Tradicionalmente encarado pelos lojistas como uma prévia do Natal, o Dia das Crianças deve representar crescimento nas vendas do comércio este ano em relação ao desempenho registrado em 2010. Com o momento positivo da economia do país, entidades ligadas ao comércio, à indústria de brinquedos e lojistas estão confiantes no aquecimento das vendas no período.

 

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) estima que em 2011 o desempenho do setor em decorrência da data apresente um incremento de 10% em relação a 2010, atingindo faturamento de R$ 1,35 bilhão. Para o acumulado do ano, a previsão é que o segmento alcance receita da ordem de R$ 3 bilhões, 10% a mais do que no exercício anterior.

 

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) também trabalha com a perspectiva de expansão, porém, com índices mais moderados. Segundo a economista da entidade, Ana Paula Bastos, o crescimento registrado este ano deve ser inferior ao de 2010, quando foram contabilizados R$ 2 bilhões em vendas, um salto de 8,8% em relação a 2009. O resultado, no entanto, foi obtido sobre um base enfraquecida pelo impacto da crise econômica mundial.

 

Apesar das perspectivas de incremento mais tímidas, Ana Paula Bastos salientou que o próximo Dia das Crianças será positivo para as lojas de brinquedos, já que o comércio continua em alta mesmo com as medidas de contenção de crédito.

 

A economista destacou o fato de outubro ser um termômetro para o Natal, tanto em termos de vendas quanto de contratação de funcionários temporários. " a época em que acompanhamos os lançamentos de produtos e que podemos medir a demanda e estimar o número de mão de obra extra para o fim de ano", afirmou.

 

Planejamento - O proprietário da Brinkel, uma das empresas do ramo mais tradicionais da Capital, Altair Rezende, confirmou a informação. De acordo com ele, o Dia das Crianças é importante, sobretudo, para o planejamento do estoque de Natal.

 

Com expectativa de que o movimento da loja em outubro seja 5% maior em relação ao ano passado, o empresário optou por expandir as encomendas em 15% quando comparado com o mesmo período de 2010. Na opinião dele, este ano os produtos mais vendidos devem ser da linha Barbie, seguindo uma tendência histórica do setor.

 

Para atender a demanda do Dia das Crianças, Rezende vai contratar entre 15 e 20 funcionários extras para incrementar a equipe fixa de 30 colaboradores. Segundo ele, parte da mão de obra temporária poderá permanecer até dezembro, quando a equipe de vendas pode ultrapassar um total de cem pessoas. No Natal, as vendas na Brinkel são, em média, 2,5 vezes maiores do que as do mês das crianças.

 

Embora os produtos importados tenham ganhado espaço no mercado brasileiro, com a valorização do real frente ao dólar, o empresário disse acompanhar uma retração no preço dos brinquedos nacionais. "A indústria brasileira está reagindo com valores mais competitivos para acompanhar os importados", afirmou.

 

A tendência é confirmada pela Abrinq. Segundo dados da entidade, com os esforços da indústria nacional, a expectativa é de que em dois anos o market share dos importados seja reduzido que dos 45% atuais para 35%.

 

Na Ri Happy do Boulevard Shopping, na região Leste da Capital, a demanda por importados também não está superaquecida. A gerente da loja, Juliana Vivas, disse que a procura por esses produtos segue constante desde o início do ano, sem grandes variações.

 

Já os resultados de modo geral estão em franca expansão. Prova disso é a ousada meta de crescimento de 30% para o Dia das Crianças em relação ao ano passado. De acordo com a gerente, a previsão é fruto do resultado contabilizado no primeiro semestre do ano, quando a Ri Happy apresentou o mesmo índice de incremento.

 

Outro ponto apresentado por ela é o fato de o Boulevard Shopping ter sido inaugurado há menos de um ano. De acordo com a gerente, nos últimos meses o movimento no mall tem sido mais intenso, como conseqüência do projeto de divulgação do estabelecimento comercial na Capital.

 

Com a aproximação do Dia das Crianças, a loja estima contratar 30 funcionários extras para a equipe de vendas. Durante o período, Juliana Vivas estima que o tíquete médio na Ri Happy seja de R$ 150.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Embalagem 'econômica' vive alta

Presidente da P&G Brasil diz que consumidor da nova classe média valoriza itens com tecnologia   Em co...

Veja mais
Walmart vai ancorar Metropolitan

Centro de compras, orçado em R$ 270 milhões, fica pronto em novembro de 2012.   O Walmart vai ancor...

Veja mais
Setor supermercadista tem expansão em Minas

Alta de julho não alavancou o resultado do segmento no acumulado do ano.   Após duas quedas consecu...

Veja mais
Itambé vai investir em MG para crescer em leite longa vida

A maior fábrica de leite em pó da mineira Itambé vai ganhar até janeiro uma nova atividade. ...

Veja mais
Carrefour e Extra apostam em promoções para elevar venda

Dois gigantes do setor supermercadista que atuam no mercao nacional voltam a apostar em promoções para ala...

Veja mais
Sueca TePe fatura R$ 1,3 milhão até junho e quer ampliar presença no País

A TePe, marca sueca de escovas de dentes, quer elevar a participação do consumidor brasileiro de 60% para ...

Veja mais
Crise traz incerteza quanto ao preço mundial da celulose

A crise econômica na Europa, o consumo menor que o esperado pela China e a demora na recuperação dos...

Veja mais
Trajetória digna das histórias das mil e uma noites

Abdo Al Makul era apenas um imigrante em busca de novos horizontes quando, em 1917, abandonou a Síria para se ave...

Veja mais
Funcionais e orgânicos conquistam prateleiras

Há pouco mais de uma década pensar em abastecer prateleiras inteiras com produtos orgânicos ou natur...

Veja mais