Os investimentos anuais aplicados em segurança correspondem a R$ 3 milhões da receita dos shoppings brasileiros e visam a atender a demanda de 430 milhões de pessoas que circulam mensalmente nesses centros de compras. O dado, projetado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), revela que o item segurança já responde pela segunda maior despesa dos lojistas nesses estabelecimentos, perdendo apenas para os gastos dispensados ao fornecimento de energia elétrica.
Por outro lado, um estudo realizado pelo Programa de Administração do Varejo (Probar) mostrou que no Brasil o índice de investimentos em tecnologia a serviço de prevenção nesses locais ainda é um dos mais baixos do mundo. "Se pensarmos no maior shopping de São Paulo, o Aricanduva, encontraremos uma média de 2 milhões de pessoas circulando mensalmente ali. Isso prova que, muito mais do que centros de compras, os shoppings são equipamentos urbanos que merecem atenção do estado", afirma o diretor de Relações Institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva.
O assunto, inserido com uma das causas das perdas no varejo, foi tema do II Fórum Alshop - Segurança em Shopping e Prevenção de Perdas no Varejo, que apresentou, na tarde de ontem, um quadro do setor e as novas tecnologias de proteção.
De acordo com Luís Augusto Ildefonso, a Alshop já desenvolve, em termos de troca de informações, diversas ações integradas com os órgãos de segurança estaduais, a principal das quais é a de estreitar o relacionamento com as delegacias que atendem os bairros onde estão situados os emprendimentos.
Estudo realizado pelo Programa de Administração do Varejo (Provar) identificou as seis principais causas das perdas do varejo brasileiro, mostrando que, apesar de praticamente metade delas não ter sido identificada, 32,8% referem-se a perdas operacionais (problemas relacionados a quantidade insuficiente de pessoal no quadro de segurança), 19,5%, são furtos externos, e 14,1% , furtos internos. Já os investimentos em prevenção e mantiveram-se estáveis em 2009 e 2010 (0,14% do faturamento do setor). Na análise da Gocil, empresa parceira no evento, o principal quesito a ser melhorado é a integração entre o shopping, seus lojistas e o pessoal de segurança.
Veículo: DCI