Farmácias e a era das fusões

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O mercado farmacêutico segue a passos largos seu movimento de expansão e agora passa a conviver com fusões e aquisições. Um resultado natural da atividade econômica nacional e, mais do que isto, fruto de uma estratégia certeira do setor. Os reflexos dessas mudanças vêm ao encontro de uma das bandeiras da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A estratégia de posicionar a farmácia e a drogaria como uma loja de saúde e bem-estar, com um vasto mix de produtos e serviços com modelo similar ao das melhores operações de varejo europeias e norte-americanas, conquistou os consumidores. Já temos no Brasil redes de drogaria de alto nível, com oferta de serviços e produtos que nada fica a dever à dos países mais desenvolvidos.

 

Com a crescente demanda, as redes buscam formas de se capitalizar ainda mais e ampliar sua visibilidade. Não à toa, em 2010 vimos a fusão da Drogaria São Paulo com a Rede Drogão. Dias atrás, Drogasil e Droga Raia uniram forças para se tornarem a maior rede do País. E, não será surpresa se tivermos novas movimentações nos próximos anos. As pequenas, médias e as grandes redes associadas à Abrafarma representam 36% do setor. Apesar de no Brasil contarmos com cerca de 65.000 pontos de venda, somente 12.000 deles vendem 75% de todos os medicamentos consumidos no Brasil.

 

Essas recentes fusões mostram que o setor passa por um amadurecimento e enxerga, de forma cada vez mais nítida, sua extrema importância para a economia nacional. Somente no primeiro semestre, a venda de medicamentos nas redes Abrafarma cresceu 16,54% em relação à do mesmo período do ano passado, atingindo valor superior a R$ 6,7 bilhões. Mais do que excelentes indicadores financeiros, a iniciativa privada exerce papel relevante para impulsionar o acesso a medicamentos. Nos primeiros seis meses do ano, as redes da Abrafarma realizaram mais 300 milhões de atendimentos nas suas 3.498 farmácias. E no programa Aqui tem Farmácia Popular, chegamos ao patamar quase cinco milhões de atendimentos. A população procura hoje conveniência ao entrar em uma farmácia, e no primeiro semestre, a venda de não-medicamentos cresceu 27,66% em relação ao mesmo período de 2010, um termômetro do momento atual do varejo farmacêutico. Sul, nordeste e centro-oeste registraram maior consumo, diz a IMS Health.

 

Veículo: DCI


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