Nutrimarcas planeja novas aquisições

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Quando vendeu 60% da fabricante de produtos de limpeza Gtex ao fundo inglês Actis, no fim de 2010, o empresário José Domingues aprendeu uma lição. É possível ganhar dinheiro se unindo, como sócio majoritário, a empresas menores com potencial de crescimento, mas pouco capital para investir. "Foi o que o Actis fez com a Gtex e é o que pretendemos fazer daqui para frente com a Nutrimarcas: adquirir ou nos associar a pequenas empresas de alimentos de apelo saudável", diz Domingues.

 

No começo de 2010, antes de vender o controle da Gtex, dona de marcas como Urca e Amazon, Domingues já tinha criado a Nutrimarcas a partir da compra da fabricante de sucos e polpas de frutas Maísa, de Mossoró (RN), que estava desativada. Em seguida, comprou a Vantelli, em Vinhedo (SP), que fabrica sucos prontos. Na aquisição e modernização das plantas, investiu R$ 10 milhões.

 

"Em um primeiro momento, quisemos diversificar o portfólio, aproveitando a mesma base de distribuidores da Gtex", diz Domingues. "Mas agora que nossa família está apenas no conselho de administração da Gtex, vamos nos dedicar a desbravar o potencial de mercado da Nutrimarcas, oferecendo produtos de apelo saudável e preço acessível", diz.

 

Os primeiros sucos chegaram ao mercado em maio, com distribuição restrita ao Nordeste. São os sucos prontos para beber das marcas Apsel Fruit e Vantel, os sucos concentrados Fruta Pura e o revitalizante energético Guaravantel.

 

Agora, a distribuição é estendida para todo o país, com planos ambiciosos. A meta da Nutrimarcas é fazer o faturamento saltar de R$ 12 milhões este ano para R$ 100 milhões em 2012. A receita é "comer pelas bordas": ter distribuidores exclusivos que atendam o pequeno varejo, para atingir as classes C e D com produtos que custam em média 20% menos que as marcas líderes (Del Valle, em sucos prontos, e Maguary, em concentrados). O número de distribuidores deve pular de 20 para 70 até o fim do ano.

 

Metade do faturamento deste ano deve vir das vendas para outras indústrias. "Temos o negócio de venda de polpas tamboradas [em tambores de 200 quilos] para fabricantes de sucos, sorvetes e geleias, inclusive fora do país, na Colômbia e no Suriname", diz a gerente de marketing, Talita Santos.

 

Segundo a Nielsen, o mercado de sucos prontos para consumo cresceu 23% em 2010, para R$ 2 bilhões. As vendas em volume subiram 19%. O consumo de sucos concentrados cresceu 9% em valor no ano passado, para R$ 402 milhões, mas em volume caiu 3%. No primeiro semestre deste ano, as vendas de sucos concentrados tiveram queda, tanto em volume (-2,7%), quanto em valor (-4,8%), versus igual período de 2010. Já a venda de sucos prontos cresceu 21% em volume e 22% em valor até junho.

 


Veículo: Valor Econômico


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