CNA quer redução da importação de leite

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Brasil e Argentina discutirão limite.


Representantes do setor privado e dos governos realizam no próximo dia 28, em Buenos Aires, a terceira reunião para discutir a renovação do acordo de limitação voluntária das exportações de leite argentino para o mercado brasileiro.

O acordo firmado entre os setores privados dos dois países no ano passado, com o aval dos governos, expirou em abril deste ano. O pacto limitava as importações a 3.300 toneladas de leite em pó por mês.

O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), Rodrigo Sant’Anna Alvim, diz que, sem o acordo, os argentinos neste ano exportaram em média 3.700 toneladas mensais de leite em pó para o mercado brasileiro. Segundo ele, na primeira reunião entre as partes, realizada em junho em Buenos Aires, os argentinos fizeram a proposta de pôr fim às limitações.

No segundo encontro, realizado no início do mês passado em Porto Alegre, os argentinos pediram para que a cota fosse ampliada para 5 mil toneladas por mês e os produtores brasileiros fizeram uma contraproposta de 3.700 toneladas, que não foi aceita. Rodrigo Alvim explicou que os argentinos não levam em conta as exportações de queijo para o Brasil, que passaram de 340 toneladas/mês no ano passado para 1.600 toneladas/mês neste ano. No próximo encontro ele quer incluir tanto o queijo como o soro de leite nos cálculos para estabelecer a cota de importação.


Uruguai - Outro impasse a ser resolvido diz respeito à recomendação feita pelo setor privado argentino para que o Brasil faça um acordo semelhante com o Uruguai para limitar as exportações de leite em pó para o mercado brasileiro. Os argentinos reclamam que, ao limitar suas vendas, perdem espaço para os uruguaios. A questão é complexa, pois o setor lácteo é um dos poucos em que o Uruguai tem competitividade para contrabalançar a deficitária balança comercial em relação ao Brasil.

Rodrigo Alvim afirmou que as limitações são necessárias para impedir que as importações derrubem os preços do leite no Brasil, o que desestimula os investimentos na produção, como aconteceu no ano passado. Ele lembra que no ano passado a produção brasileira de leite cresceu apenas 1%, bem abaixo do ritmo de 3,5% a 4% ao ano registrado nos últimos dez anos. A perspectiva para este ano é de crescimento entre 2% a 3%, para 31 bilhões de litros. Ele afirmou que as indústrias estão operando com ociosidade, como em Goiás, onde os laticínios trabalham com apenas 50% da capacidade instalada.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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