Alimentos enlatados têm perdido espaço nas gôndolas dos supermercados para o chamado stand-up pouch , popularmente conhecido como sachê. Porém, mesmo com essa tendência, o setor pode comemorar o bom desempenho deste ano, uma vez que deve movimentar US$ 4,08 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço). Se essa previsão se confirmar, o valor será o equivalente a 624 mil toneladas da embalagem de aço no geral. Do total produzido no Brasil, 70% são utilizados pela indústria alimentícia. "Apesar de o brasileiro não consumir a mesma variedade de comida enlatada como em outros países do mundo, acreditamos que esse mercado crescerá", afirma Thais Fagury, gerente-executiva da entidade.
A percepção da executiva está baseada na perspectiva de aumento de 4% na produção em relação ao ano passado. O aporte estimado deve ficar em R$ 300 milhões. Atualmente, a capacidade de produção de latas de aço para alimentos, no País, é de 12 bilhões de unidades, por ano.
Uma importante parte desse aumento vem da carne enlatada, chamada de corned beef, que é responsável pelo aquecimento do mercado interno de latas de aço. Mesmo assim, a demanda externa continua como a principal alavanca desse segmento, principalmente os Estados Unidos. Atualmente, o Brasil produz 80% da carne enlatada consumida no mundo, cerca de 200 mil toneladas por ano.
Fagury acredita que os fabricantes de alimentos que optaram pelo stand-up pouch devem retornar para o aço. "Além de não agredir o meio ambiente, por ser reciclável, a lata comporta alimentos mais consistentes, o que confere mais sabor", avalia.
Veículo: DCI