Produção própria responde por 30% dos itens comercializados pela fabricante mineira de artigos de Natal.


Há seis anos em operação, a Natália Christmas, indústria mineira do grupo Embrasil especializada na produção e distribuição de artigos natalinos, ainda não opera com o total da capacidade instalada. Embora a empresa comemore um aumento das encomendas para o Natal deste ano em relação ao de 2010, a opção por não atingir o limite produtivo é estratégica. A ideia é aproveitar o período de valorização do real para investir nos produtos importados.

Segundo o diretor comercial da companhia, Rodrigo Magalhães, os importados representam hoje 65% dos negócios. Já a produção própria é responsável por 30% dos itens comercializados e os outros 5% são mercadorias adquiridas de outros fabricantes nacionais.

Diante deste cenário, Magalhães descarta, temporariamente, um possível incremento do volume fabricado pela Natália Christmas na indústria localizada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Com isso, possíveis investimentos para um aprimoramento da fábrica que ocupa três mil metros quadrados também não estão nos planos da firma. Atualmente a planta, que mantém 70 funcionários, opera com 40% de ociosidade.

A possibilidade de ganhar mercados estrangeiros também é rejeitada pela firma, já que os produtos nacionais não têm competitividade para enfrentar os asiáticos. Conforme o executivo, basicamente todas as mercadorias importadas vendidas pela companhia mineira são negociadas com fabricantes daquele continente.

A pouco mais de três meses do Natal, a Natália Christmas ainda está em fase de recebimento de encomendas. Magalhães estima que os pedidos feitos por cerca de dez mil clientes no Brasil se traduzam em um crescimento de 8% das vendas em comparação com o ano passado. Conforme ele, a expansão acompanha a estabilização da economia nacional e é fruto também do trabalho de adequação do mix. No momento, a empresa comercializa aproximadamente 1300 itens.

Tradicional - Apesar da diversificação, o diretor comercial diz que o consumidor brasileiro é tradicional quando o assunto é Natal. Além da falta de ousadia dos brasileiros, ele destaca que o segmento vive uma fase de escassez por novidades. "A mudança depende de tecnologia e a última a ser lançada foi o LED que incrementou muitos itens. Hoje trabalhamos mais os artigos convencionais", confirma. Entre eles, enfeites de tecidos, cartões musicais, árvores de Natal, pendentes e uma linha exclusiva de itens da Disney.

Embora faltem três meses para a data, em outubro a Natália Christimas já estará de olho no Natal do ano que vem. Magalhães explica que nesta época a companhia começa a avaliar a receptividade das mercadorias negociadas este ano e a definir como será a festa em 2012.

A produção na indústria não para e se estende de janeiro a dezembro. Já as vendas começam em maio e vão até setembro. Atualmente empresas varejistas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo são os principais clientes da fabricante e distribuidora de artigos natalinos. Juntos, esses estados representam 70% dos negócios da Natália Christmas.


Veículo: Diário do Comércio - MG