A Doces Caseiros Joaninha possui 41 anos de tradição em adoçar a vida dos mineiro. Nasceu em 1970 na cozinha de Dona Joana D’arc Almeida para ajudar a família que passava por dificuldades, e só veio a se formalizar como microempresa individual com o nome de Luiz Augusto de Almeida, em 1996. Fabrica cerca de 2 mil quilos de compotas de 40 tipos diferentes e comercializa para o Brasil inteiro. Conhecida pela qualidade dos doces a indústria e comércio já virou ponto turístico em Araxá, no Alto Paranaíba.
Pioneira na comercialização de compostas, antes só fabricadas pelas famílias para consumo próprio, a empresa mantém o mesmo processo artesanal de fabricação e embalagem. Os doces são feitos em tachos de cobre e esterilizados com água fervendo (vácuo), o que dá longa durabilidade aos produtos: dois anos para doces de frutas; um ano para doces de leite; e seis meses para ambrosia, cocada amarela e fio de ovos. Hoje em dia o processo pode ser acompanhado pelos visitantes que estão na loja através de um vidro que os separam da produção.
Mineiramente, Luiz Augusto Nunes de Almeida, filho de Dona Joana D’arc e responsável por todo o empreendimento, não revela o faturamento, mas prevê que chegará ao fim de 2012 com crescimento de 15% em relação a este ano. Em compensação, Almeida não faz segredo dos próximos passos: uma loja virtual até fevereiro de 2012. Hoje em dia a Doces Joaninha tem um site, pelo qual é possível fazer encomendas, mas o processo ainda é manual.
A intenção é ter uma loja virtual em que todas as operações possam ser feitas on-line. Há previsão, ainda, para um incremento de 30% nos investimentos em produção e um projeto específico de marketing até o fim de 2013. Todo esse investimento, explica Almeida, é a continuidade de uma mudança que começou em 2004, quando a empresa começou a passar por uma série de reformas que duraram até 2007.
"Adequamos nossa produção aos critérios da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), triplicamos nossa loja, instalamos ar-condicionado, melhoramos as instalações dos funcionários como refeitório e banheiros e também o setor administrativo, trabalhamos o paisagismo com um belo jardim na entrada da loja e a visualização da produção pelos clientes através de um blindex", enumera, tudo com recursos próprios, algo em torno de R$ 600 mil.
Estratégico - O comércio das delícias é feito na loja da fábrica e em pontos estratégicos de Araxá, como hotéis, lojas de artesanato, Associação dos Artesãos e Doceiros de Araxá, fábrica de sabão de lama, entre outros. Segundo explica Almeida, a empresa só vende no varejo pela escala reduzida de produção e também pela delicadeza dos produtos que continuam artesanais. "Distribuímos nossos doces direto para os consumidores em todo o Brasil por meio dos Correios, em encomendas via Sedex", explica o diretor.
O mix de produtos da Doces Caseiros Joaninha vai além da produção própria. A loja oferece aos turistas e moradores de Araxá uma série de produtos típicos da região como farinhas, queijos e cachaças e o reconhecido artesanato local, que tem nas bonequinhas de Dona Beja o seu maior sucesso.
Dos mais de 40 sabores de doces fabricados pela casa, o de queijo em calda, conhecido como ameixinha de queijo, foi dos primeiros a ser fabricado e continua sendo um dos preferidos. Para continuar agradando ao público a empresa também se esmera em criar novidades como choconozes, creme noire (com avelã), cocada morena e tronquinho cremoso.
Já os doces de frutas seguem as safras e nem todos estão disponíveis durante o ano inteiro. O bom atendimento e a qualidade da matéria-prima também são destacados por Almeida. Além das tradicionais compotas em vidros de 600 ml a empresa trabalha com o vidro oitavado pequeno de 270 ml e tem investido em outros formatos. Há três meses comercializa as miniaturas redonda e oitavada de 50g. O empresário também aposta nas cestas de doces, kits e brindes que são feitos especialmente para eventos.
Veículo: Diário do Comércio - MG