De janeiro a julho, produtos ligados a área de higiene e beleza foram responsáveis por 30,3% das vendas das farmácias, equivalente a R$ 3,46 bilhões. Houve um avanço em relação ao mesmo período do ano passado, quando essa parcela era de 26,6%, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Em mercados mais maduros, como os Estados Unidos, a taxa supera 50% em algumas lojas.
As vendas desse segmento, reunidas na categoria de cuidados pessoais, subiram 33,9% até julho, enquanto o faturamento total das farmácias avançou 17,8% no mesmo período. O presidente da Abrafarma, Sérgio Barreto, ressalva que essa expansão rápida está restrita às grandes redes. "Por ter menos capital de giro e espaço para estoque, as pequenas ainda se concentram em medicamentos", diz.
O Brasil tem 65 mil farmácias, segundo a Abrafarma, e 75% do faturamento está concentrado em 13 mil pontos. Os integrantes da associação - 28 redes, com 3,6 mil lojas - têm 36% do mercado.
Barreto atribui o crescimento nas vendas de itens de higiene e beleza ao esforço das grandes redes, que ampliaram a área de dermocosméticos nas lojas e investiram em treinamento. Além disso, a demanda por esses itens aumentou. O movimento agrada o setor. "O medicamento tem retorno baixo, com margem líquida em torno de 2% ao ano. A venda de um produto com margens mais próximas das de mercado ajuda a manter o estabelecimento".
Veículo: Valor Econômico