Companhia aposta no arroz integral a vácuo para conquistar clientes da Polônia e Hungria
Há dez anos, quando tentava fazer a primeira venda da Camil no exterior, Guillermo Curtis viajou por diversos países atrás de compradores com os produtos debaixo do braço. Sem marcar horário, o diretor de exportação da companhia batia na porta de possíveis clientes até que conseguiu vender para uma empresa do Cabo Verde. Hoje, a Camil Brasil exporta para 34 países e quer dar maisumpasso: ganhar o leste da Europa.
Durante a Anuga, uma das maiores feiras de alimentos do mundo, que acontece nesta semana em Colônia, na Alemanha, o executivo fez contato com compradores da Polônia e Hungria. Para ganhar estes clientes, Curtis aposta na linha de arroz integral a vácuo lançada há ummês no Brasil. “Estes produtos têm chamado a atenção dos europeus”, diz o executivo.
Manutenção
Mas não é apenas nos novos mercados que Curtis concentra esforços. Ele também quer fortalecer a Camil nos países onde a marca já está presente como Inglaterra, Portugal, Espanha e Alemanha. Nestas regiões, o executivo estuda lançar uma campanha publicitária para televisão. “Existem muitos brasileiros nestes países. Só em Londres temos nossos produtos comercializados por 200 lojas. Em Lisboa são outras 150”, diz. Nestes países, a Camil vende, principalmente, feijão branco e carioca, além de arroz branco e parbolizado.
“A Camil tem investido em produtos diferenciados, com embalagens sofisticadas por isso tem conseguido aumentar suas exportações”, diz Vinicius Estrela, diretor de imagem e acesso a mercados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Este ano a expectativa é crescimento de 10% na receita. As exportações devem responder por 10% das vendas do período”, afirma Curtis. Apesar de sua principal atividade ser beneficiamento de arroz e feijão, a companhia tem feito um esforço para diversificar seu portfólio. A linha de atum e sardinha em lata é um exemplo desta estratégia. Além do mercado brasileiro, o grupo Camil também atua no Peru, Chile e Uruguai. Considerandose a operação nos quatro países, a receita chegou a US$ 1 bilhão no ano passado.
Veículo: Brasil Econômico