Rhodia planeja exportar tecidos inteligentes para a Europa

Leia em 2min

A Rhodia está se estruturando para levar os tecidos inteligentes produzidos no Brasil para o exterior. Segundo afirmou ao Valor o presidente da Rhodia América Latina, Marcos De Marchi, a marca de fios tecnológicos Emana é o foco dessa expansão da multinacional francesa.

"Devemos começar pela Europa, pois os tecidos só são bem aceitos na Ásia depois que já têm história de sucesso no continente europeu", explicou De Marchi. Depois, a empresa partirá para a Ásia e para a América do Norte. O fio de poliamida - que tem propriedades para ativar a circulação e promete combater a celulite - foi colocado em agosto no mercado brasileiro e deve registrar vendas de US$ 10 milhões até o fim do ano.

A estratégia da empresa, segundo o executivo, é desenvolver a marca no exterior utilizando a rede das subsidiárias da Rhodia e exportando técnicos. No passado, o segmento de fios da multinacional saiu do continente europeu, diante da concorrência de empresas estrangeiras. Agora, a ideia é utilizar a antiga base de clientes que a companhia tem na região para retomar negociações.

"Hoje, nossos clientes no Brasil já distribuem nosso produto para quase 30 países", afirmou o executivo. "Agora vamos exportar. Isso é muito importante para divulgar nossa marca lá fora, pois a Europa é a detentora das marcas do setor", completou.

A companhia investiu US$ 10 milhões para ampliar em 25% a capacidade de produção de fios especiais e em 10% a capacidade total de produção de fios e fibras. O executivo acredita que a empresa registrará crescimento de 5% a 10% nos resultados da unidade de negócios têxteis. Em 2010, a GBU Rhodia Fibras - que inclui os negócios de fios industriais - acumulou vendas de US$ 240 milhões, o que corresponde a 18%, dos US$ 1,3 bilhão faturados pela Rhodia Brasil.

Outro foco da multinacional no país é o fio para airbags de veículos que, a partir de 2014, serão obrigatórios em todos os carros produzidos no Brasil. A ideia da Rhodia é já ir desenvolvendo esse mercado, em contato com os possíveis clientes que surgirão a partir da obrigatoriedade. "Vai ter o nascimento da cadeia têxtil de airbags no Brasil. A concorrência será grande, mas nosso fio já está sendo apresentado para o mercado", afirmou o executivo.

A subsidiária brasileira já tem capacidade para iniciar a produção desses fios e, conforme o crescimento da demanda, De Marchi vê a possibilidade de novos investimentos voltados para o setor.


Veículo: Valor Econômico


Veja também

Walmart teve de 'quebrar' sua operação no Brasil

A operação brasileira do Walmart teve de ser "quebrada" para depois poder ser "consertada". A avalia&ccedi...

Veja mais
Fiorucci, de "patinho feio" a principal foco da Greenwood

O grupo Greenwood fabrica cosméticos para grandes empresas, como Hypermarcas, Lojas Renner e 3M. São 16 mi...

Veja mais
Assolan e Assim são separadas para venda

A Hypermarcas voltou a negociar a venda das operações de alimentos e de higiene e limpeza e os negó...

Veja mais
Kraft volta a investir na marca Royal

A centenária marca Royal, de fermento e sobremesas em pó, é uma incógnita na vida da Kraft B...

Veja mais
Jussara diversifica e atua no setor de saúde

A Jussara, empresa do setor de Laticínios sediada em Patrocínio Paulista, na região de Franca, inic...

Veja mais
Brasília recebe novo congresso internacional de redes varejistas

Com patrocínio do Banco do Brasil, Petrobras e Sebrae entre outros, a Região Centro-oeste receberá ...

Veja mais
Alimentação fora do lar cresce e gera demanda por delivery

A procura por alimentação feita por meio de entrega (delivery), seja em casa ou no trabalho, é uma ...

Veja mais
Atacadão fecha 11 lojas de eletroeletrônicos

José Roberto Mussnich, diretor geral da rede, diz que divisão não vinha agregando valor para a rede...

Veja mais
Produção de tomates sem resíduos de agrotóxicos

Tecnologia desenvolvida pela Embrapa Solos deixa frutos mais saudáveis mesmo com o uso de produtos químico...

Veja mais