Pesquisa mostra que 88,5% dos entrevistados esperam que negócios superem resultado obtido em 2010.
Pesquisa de opinião do lojista, realizada pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio Minas), sobre as expectativas para o Natal, confirma a importância da data para a atividade varejista. Conforme o levantamento, 88,5% dos entrevistados esperam que as vendas neste ano superem os resultados obtidos no mesmo período de 2010.
Segundo os dados da Fecomércio Minas, o percentual de empresários otimistas com as vendas de Natal cresce sobre a base anterior desde 2009. Naquele ano, 70,9% dos empresários consultados estimavam vendas melhores em relação a igual período do exercício anterior. O levantamento também mostra que o nível de otimismo com as vendas está situado em patamar acima de 80% desde 2010.
Em relação à performance das vendas, os dados também demonstram a confiança do empresário com a data. Para 30,5% dos entrevistados, os resultados no período devem registrar incremento de 10% a 20% sobre o exercício passado. Enquanto, 27,2% esperam aumento nas vendas entre 20% e 50%.
Para 16,7% dos lojistas questionados, o resultado do período deve apresentar expansão de até 10%, índice que indicaria confiança do empresariado em nível moderado, conforme a Fecomércio Minas.
O patamar de comercialização estável em comparação ao ano passado foi previsto por 10,8% dos entrevistados. A pesquisa da entidade mostra ainda que apenas 0,7% dos empresários do setor estimam vendas piores ante 2010.
Confiança - Segundo a gerente do departamento de economia da Fecomércio, Silvânia de Araújo, a expectativa de melhora do próximo 25 de dezembro na comparação com o ano passado, reflete a confiança do mercado e resulta de fatores como a baixa taxa de desemprego do país e o aumento da renda.
Além das turbulências econômicas nos Estados Unidos e na Europa, 33,5% dos empresários abordados pela entidade indicaram como um ponto negativo do Natal 2011, o endividamento do consumidor. Além disso, 16,8% citam os juros mais altos em relação ao ano passado e as dificuldades de acesso ao crédito (10,4%).
Já os pontos positivos de maior destaque, são a melhor qualidade dos itens comercializados (24,7%), maior variedade de produtos (17,5%) e inovações tecnológicas mais acessíveis ao consumidor (16,2%). Quanto à queda da taxa básica de juros, hoje em 11,5% ao ano, 72,7% das pessoas abordadas acreditam que a redução será benéfica para as vendas natalinas.
Silvânia de Araújo destaca que os investimentos em qualidade e variedade fazem do Natal deste ano, diferente do de 2010. "Os comerciantes estão se preocupando mais com os diferenciais", garante.
Para garantir bons negócios, 23,2% das lojas irão investir na decoração de vitrines. As outras estratégias mais citadas foram contratação de temporários (17,9%), aquisição de mercadorias para diversificar os estoques (17,2%) e aquisição de mercadorias para reforçar os estoques (11,8%). Dos empresários 84,1% pretendem iniciar as ações de Natal em novembro.
Em relação à gestão de itens para a data, 63,7% irão antecipar a formação de estoques. Outros 26,2% pretendem realizar pedidos de acordo com a demanda e em 7% dos casos, os produtos serão mesclados entre nacionais e importados. Já 3,1% terão o foco em produtos estrangeiros.
Os presentes preferidos pelo consumidor neste Natal, na opinião dos lojistas, serão roupas (16,2%), computadores/notebooks (11,6%), celulares e smartphones (11,3%) e tablets (10,8%). O tíquete médio estimado para a data será entre R$ 70 e R$ 100 (21,6%), entre R$ 100 e R$ 200 (18,1%) e entre R$ 200 e R$ 300 (16%).
Ainda de acordo com os entrevistados, 51,5% das compras serão parceladas no cartão de crédito. Em seguida, aparecem os pagamentos à vista, com desconto (21,6%) e à vista no cartão de débito (14,8%).
Veículo: Diário do Comércio - MG