Índice de captação em sete estados registrou crescimento de 3,2% entre agosto e setembro.
O preço médio pago pelo leite aos produtores em outubro (referente à produção entregue em setembro) foi de R$ 0,8888/litro, representando leve recuo de 0,3% em relação ao mês anterior, conforme levantamento mensal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Para o próximo estudo, a maior parte dos compradores da matéria-prima consultados pelo Cepea estima redução dos preços por causa do início da safra no Sudeste e Centro-Oeste. A produção deve ser estimulada pelas chuvas, que favorecem o desenvolvimento das pastagens.
Conforme o Cepea, para o pagamento de novembro (referente à produção entregue em outubro), 66% dos representantes de laticínios/cooperativas entrevistados (que respondem por 85% do volume amostrado) esperam queda de preços. Para 30% dos ouvidos (responsáveis por 14,5% do volume da amostra), deve haver estabilidade de preços. Apenas 4% dos entrevistados (responsáveis por 0,5% do volume de leite) acreditam em alta.
Segundo o Cepea, os mercados de leite UHT e de queijo mussarela enfraqueceram em outubro, o que tende a influenciar os preços pagos pela matéria-prima. A média do leite UHT no atacado paulista até o dia 28 de outubro era de R$ 1,89/litro (incluindo frete e impostos), 4% (ou 7 centavos por litro) menor que a de setembro. No caso do queijo mussarela, houve desvalorização de 1,5% no mesmo período, com média de R$ 11,44/kg.
O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite), ponderado pelo volume produzido em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás e Bahia, registrou aumento de 3,2% entre agosto e setembro. O maior avanço foi verificado no Rio Grande do Sul, com incremento de 6,4% no período. Em Santa Catarina e no Paraná, a captação média diária em setembro cresceu em torno de 4%. Em outubro, no entanto, agentes do setor afirmam que a produção de leite já diminuiu no Sul do país, por causa do fim da safra de inverno na região.
Clima seco - Em São Paulo, houve avanço de 5,4% no ICAP-Leite entre agosto e setembro, em Goiás, de 2%. Já em Minas Gerais, a produção ficou praticamente estável no período. O clima seco em algumas regiões mineiras em setembro limitou o avanço da oferta. Dos sete estados incluídos na pesquisa, apenas na Bahia houve recuo, de 6,7%. De janeiro a setembro, o ICAP-Leite (média dos sete estados) representou queda de 2,5% frente a igual período do ano passado.
As médias estaduais tiveram comportamento estável em outubro, com pequenas variações. Em São Paulo, o preço médio bruto pago ao produtor em outubro (referente à produção de setembro) foi de R$ 0,9397/litro, estável frente ao pagamento anterior.
Em Goiás, o preço médio foi de R$ 0,9326/litro, ligeira alta de 0,9% (menos de 1 centavo por litro). Já em Minas Gerais, houve recuo de 1,1% (ou 1 centavo por litro), com média de R$ 0,8962/litro em outubro; na Bahia, mesmo com a menor produção, o preço médio caiu 1,7% (1,3 centavo por litro), indo para R$ 0,7482/litro em outubro.
Houve leve queda de preços também no Paraná, de 0,9% (menos de 1 centavo por litro), com o litro à média de R$ 0,8692. O estado de Santa Catarina apresentou a maior média da região Sul: R$ 0,8812/litro, com ligeiro aumento de 0,7% frente a setembro. No Rio Grande do Sul, o preço médio aumentou 0,3%, com média de R$ 0,8225/litro.
Veículo: Diário do Comércio - MG