Amazônia terá produto certificado

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Expansão com padrões de qualidade é meta de fabricantes de artigos dessa região brasileira

O apelo de produtos da Amazônia cresce no país, assim como o desejo de produtores locais de aumentar a presença em outros lugares.

Mas esses pequenos empresários têm dificuldades para expandir a área de atuação. Entre as razões estão a apresentação e o acabamento dos artigos, segundo empresários e consultores.

Rodrigo Bolton, dono da Ateliê Especiarias, de São Paulo, é um dos que dizem que os produtos podem ser aperfeiçoados para alcançar novos consumidores.
O empresário esteve na Fiam (Feira Internacional da Amazônia), realizada de 26 a 29 de outubro, e explica que 30% dos produtos são sofisticados, com sementes lapidadas e design diferenciado.

"Os outros 70% precisam de dicas de acabamento e de montagem, mas [os produtores] aceitam sugestões e produzem conforme o desenho."

Uma das soluções para avançar em relação à qualidade foi dada pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e pela Fucapi (Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica) no evento: a criação do Selo Amazônico.
A ideia é certificar artigos que atendam a critérios como qualidade dos itens, segurança na confecção e desenvolvimento econômico da região.

"Pretendemos agregar valor econômico aos produtos que utilizam matéria-prima oriunda da biodiversidade da Amazônia e que tenham todo o processo produtivo -ou parte dele- instalado na região", explica a coordenadora do projeto Hyelen Gouvêa.
A expectativa, diz ela, é que o selo estampe itens a partir do início de 2013.

VARIEDADE

O mercado de artigos com a grife da Amazônia é cada vez mais extenso -inclui artesanato, produtos fitoterápicos e artefatos de madeira.
Graça Santos, dona da Complevida, contribui com mais um: complementos alimentares naturais com grãos e cereais na composição.

A fórmula foi desenvolvida por ela, para uso próprio, após uma crise de depressão. "Procurei um laboratório para certificar a eficiência."
Ela diz que começou a venda boca a boca e, por semana, faturava R$ 300. "Hoje vendo R$ 4.000 por semana."

"Os artesãos e microprodutores ainda precisam de assistência técnica para que os produtos sejam cada vez mais desejados", considera Syglia Saad, coordenadora de projeto de orgânicos na região.


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